31 de agosto de 2010

Primeiro simulador táctico dos blindados Pandur no RI13 em Vila Real

O RI13 foi a primeira unidade do exército a receber em 2008 as viaturas blindadas Pandur II (8x8), destinadas a substituir as velhas chaimite das Forças Armadas.

Para além dos cursos de Pandur que são ministrados regularmente em Vila Real, este regimento vai contar com um simulador táctico concebido pela EMPORDEF - Empresa Portuguesa de Defesa SGPS, SA.

O tenente Daniel Carvalho Gomes foi um dos primeiros elementos do Exército a tirar o curso de Pandur em Portugal e é agora o responsável pelo centro de formação onde, no RI13, são ministrados esses cursos.

É junto ao parque de estacionamento dos blindados que está localizado o centro onde podem ser formadas em simultâneo quatro equipas, compostas por condutor, apontador e chefe de viatura.

Aqui, sentados em frente aos computadores, “artilhados” com pequenos volantes, joystick’s e até pedais, militares da Brigada de Intervenção poderão treinar procedimentos desde o controlo de tiro, à movimentação da viatura porta canhão 30 mm até ao nível táctico.

“Permite-nos um manancial de treino muito grande”, afirmou à Agência Lusa Carvalho Gomes.

Aos instrutores cabe também a tarefa de criar cenários onde entrarão em acção as Pandur. Aqui, neste mundo virtual, as equipas poderão actuar de forma individual ou em simultâneo.

Mas este simulador pode ainda ser ligado a outros que poderão vir a existir no seio do Exército Português ou a nível internacional.

“Podemos colocar as guarnições dentro de um exercício em que temos centenas de homens no campo de batalha, viaturas, aeronaves, obstáculos ou condições atmosféricas adversas”, explicou o tenente.

Acrescentou que serão criadas ainda avarias ou incidentes na própria viatura para que as equipas as resolvam.

Carvalho Gomes salientou a “enorme” poupança de recursos que este simulador possibilita.

“Não gastando no material, poupando nos recursos quer a nível de lubrificantes, combustíveis, munições ou desgaste da própria viatura. Vai permitir que se faça este treino à priori para depois pegar nas viaturas e fazer um treino real”, salientou.

Em Vila Real serão formados instrutores e militares que já possuem os cursos de canhão 30 mm dados pela Escola Prática de Cavalaria.

Neste momento, segundo o responsável, está a ser actualizado o software do simulador, o qual, depois de avaliado estará pronto a ser utilizado.

O prazo dado pelo ministério da Defesa para que a Steyr cumpra os objectivos do contrato dos blindados Pandur termina hoje, mas a tutela, apesar de ter admitido até a denúncia do contrato, mantém-se em silêncio.

A 20 de Agosto, o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, expressou à agência Lusa a insatisfação da tutela em relação à execução do contrato, referindo que já deveriam ter sido entregues 166 viaturas blindadas de rodas (VBR) mas que só ainda existem 21 “em condições de operação”.

A compra das Pandur envolve um montante de 364 milhões de euros, com 516 milhões de contrapartidas para Portugal.(Lusa/Destak)

Caso "Pandur" - Governo Português admite denunciar o contrato com a Steyr

O Ministério da Defesa admitiu denunciar o contrato com a empresa austríaca Steyr Daimler Puch, responsável pelo fornecimento de 260 blindados Pandur ao Exército e Marinha. O prazo para a Steyr responder às exigências do Estado português relativamente a uma parte dos objectivos contratualizados termina esta terça-feira, último dia do mês de Agosto.

Em causa está um negócio de 364 milhões de euros, com 516 milhões de contrapartidas para Portugal.

No início de Agosto, o secretário de Estado da Defesa Marcos Perestrello alertava que "a relação contratual com a Steyr tem sido marcada por alguns incumprimentos por parte do fornecedor", deixando no ar a ameaça de que "o Estado português, na defesa dos interesses do país, usará todas as prerrogativas, quer contratuais, quer legais, para chegar a um objectivo, que é a defesa dos interesses nacionais".

Na semana passada, o Diário de Notícias avançava no entanto que o contrato assinado pelo então ministro da Defesa Paulo Portas estabelecia que o cumprimento do contrato de fornecimento dos blindados Pandur seria feito "viatura a viatura" e não no conjunto das 260 adquiridas por Portugal.

Ministério da Defesa remetido ao silêncio

Com o prazo a terminar, perante um contacto da Agência Lusa, o Ministério da Defesa mantém o silêncio e nada adianta quanto a uma eventual resposta da Steyr às queixas portuguesas endereçadas através da Direcção Geral de Armamento relativamente ao atraso no fornecimento.

A insatisfação portuguesa foi reiterada a 20 de Agosto pelo ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, que, à Lusa, confessou a insatisfação relativamente à forma como estava a ser cumprido o contrato.

Apenas 21 blindados operacionais

De acordo com Augusto Santos Silva das 166 viaturas blindadas de rodas que já deveriam ter sido entregues apenas existiam naquela data 21 "em condições de operação". Dos 260 Pandur II adquiridos, 120 estão já em Portugal, mas só os 21 referidos pelo ministro da Defesa foram oficialmente aceites pelo Exército.

Relativamente aos 20 blindados destinados à Marinha portuguesa, nenhuma foi entregue. De acordo com fontes militares ouvidas pela Lusa, a entrega dos Pandur deveria estar concluída em meados de 2011. (RTP)

General português assume vice comando da missão da NATO no Kosovo

O brigadeiro general do Exército Paulino Serronha vai assumir na quarta feira o lugar de segundo comandate da KFOR, a missão da NATO no Kosovo, função que ocupará até agosto de 2011.

Marco António Mendes Paulino Serronha vai substituir o major general António Satta, do Exército italiano, numa cerimónia na capital do Kosovo, Pristina, onde vai estar presente o comandante do Comando de Forças Conjuntas de Nápoles, almirante Mark Fitzgerald, da Marinha americana.

Segundo o Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA), Portugal tem atualmente 300 militares na KFOR, seis no quartel e um batalhão de 294 militares que funcionam como reserva tática do comandante da missão.(Epa)

29 de agosto de 2010

Carta Aberta da Liga dos Combatentes a António Lobo Antunes

Ao longo dos anos fomos formando uma ideia do médico, função que exerceu em campanha, depois cidadão escritor António Lobo Antunes.

Mais Memória de Elefante menos Memória de Elefante mais Cu de Judas menos Cu de Judas, o livro que nos tocou não foi seu, foi de suas filhas e transcreve as cartas que escreveu a sua mulher, algures das terras do fim do Mundo, em Angola, onde uma guerra marcava a sua juventude.

As cartas são dignas e escritas com honestidade, por um jovem médico que não pelo escritor António Lobo Antunes, de hoje, em que a idade vai pesando, e os factos da juventude vão surgindo menos claros,romanceados e ficcionados.

A leitura daquele livro levou-nos a convidar o reconhecido escritor para proferir a oração que anualmente uma distinta figura do nosso tempo faz na sala do capítulo no Mosteiro da Batalha, no dia do Combatente, a 9 de Abril.

Após conversa pessoal onde foi possível auscultar a sua admiração por diversos militares que ao longo da sua vida consigo conviveram e transmitida a finalidade da intervenção, o convite foi aceite. O discurso na sala do capítulo em Abril de 2007 foi proferido por António Lobo Antunes.
Foi uma intervenção oral, não escrita, à altura de uma grande figura da literatura portuguesa.
Depois de lermos afirmações suas, referentes ao comportamento dos portugueses em África, colocámos esta sua frase no site da Liga dos Combatentes: - “na guerra é necessária muita coragem e essa os soldados portugueses tinham”.

Fomos entretanto recentemente surpreendidos por envio de e-mails e comentários altamente negativos, por parte de combatentes idóneos, referentes a eventuais declarações suas, proferidas em entrevista publicada,que se não coadunam com a imagem que entretanto fomos formando acerca de como encarou a situação de guerra vivida.

As reacções de combatentes a essas afirmações são inúmeras, na internet e não só, exigindo -lhe que se retrate.

Conhecedor do ambiente operacional em Angola, o que lemos deixou-nos surpreso e incrédulo.

Terá afirmado segundo o entrevistador:

“«Eu tinha talento para matar e para morrer. No meu batalhão éramos seiscentos militares e tivemos cento e cinquenta baixas. Era uma violência indescritível para meninos de vinte e um, vinte e dois ou vinte e três anos que matavam e depois choravam pela gente que morrera. Eu estava numa zona onde havia muitos combates e para poder mudar para uma região mais calma tinha de acumular pontos. Uma arma apreendida ao inimigo valia uns pontos, um prisioneiro ou um inimigo morto outros tantos pontos. E para podermos mudar, fazíamos de tudo, matar crianças, mulheres,homens. Tudo contava, e como quando estavam mortos valiam mais pontos, então não fazíamos prisioneiros».

A um médico nunca ninguém pediu ou ordenou que tivesse talento para matar ou para morrer. Deram-lhe sim a missão que exigia de si, talento para salvar vidas.
Dos seus homens ou do inimigo.
Afirma que o seu batalhão teve cento e cinquenta baixas. O seu batalhão esteve numa zona operacional,mas de confrontos esporádicos com o inimigo. Mesmo em zonas de actividade mais intensa do inimigo,nenhum batalhão em Angola teve esse número de baixas, mesmo considerando o significado que tal palavra normalmente encerra: mortos, mais feridos,mais evacuados por doença.
A não ser que por baixas, entenda o número de consultas que deu…
“Matavam e depois choravam a gente que morrera”.

Senhor Doutor António Lobo Antunes, o senhor viu algum dos soldados do seu Batalhão matar alguém? Viu alguém chorar por ter morto alguém?

Um dia escrevi sobre o inimigo: “ O inimigo não se vê,sempre que pode atira”. E nós atirávamos geralmente sobre um inimigo que não se via!...

Em combate morre-se de ambos os lados! A maior parte das vezes em guerra de guerrilhas, sem saber bem como.

Choraram certamente os camaradas que caíram a seu lado. Mas felizmente não tantos como o senhor afirma terem caído no seu batalhão.

Seguidamente as afirmações são insultuosas,completamente fora te todo o conceito estratégico e filosofia humanista com que se tentou fazer a guerra,durante os treze anos que durou.
Deixa, para além disso, bem mal colocados os militares que serviram com dedicação e espírito de sacrifício, a missão que lhes foi atribuída, quer no seu Batalhão,quer no resto de Angola, entre eles o seu amigo Melo Antunes.


De facto, afirmar que “ para mudar para uma região mais calma tinha de acumular pontos” e “para mudar fazíamos de tudo, matar crianças, mulheres e homens” ou “ mortos valiam mais pontos, então não fazíamos prisioneiros”, embora use a primeira pessoa do plural, é ter estado sempre, como acontece a qualquer elemento do serviço de saúde, fora da conduta da guerra.
Para quem esteve em Angola, na guerra, estas expressões ofendem.

Nunca, em Angola, nenhum Batalhão mudou de situação, quer para situações mais calmas quer para situações mais difíceis, como as de reserva de comandos superiores, com base em tais critérios, nem nunca ninguém matou na guerra em Angola, com essa finalidade.

Afirmar “Matar para fazer mais pontos e por isso não fazer prisioneiros”, é maquiavélico, ficção ou necessidade de apoios de sectores de si afastados, ou de conquista de alguém ou de alguma coisa ainda não conquistada.

O senhor, nos seus livros e entrevistas é forte, real e chocante. Revela humanidade, sensibilidade e espírito profundo.

Não necessita de usar formas deturpadoras de uma realidade que o senhor sabe não ter vivido, agredindo a memória dos mortos em tal guerra e a memória dos vivos que conheceram a guerra certamente melhor que o senhor e reprovam, negam e repudiam afirmações como as que foram apresentadas.

Mesmo a ficção é ridícula e perigosa, quando usa desta forma uma hipotética realidade que acaba por se transformar em realidade histórica face à força de quem a usa. A frontalidade e o chocante acabam por apoiar-se em pés de barro que não conduzem o utilizador de tais formas a bom porto.

Em 21 de Agosto de 2010, vimos com curiosidade anunciadas umas férias em Tomar, por parte de António Lobo Antunes onde abordaria o tema “as minhas memórias de jovem militar”.
Ficámos expectantes e pensando que tal entrevista seria um esclarecimento das afirmações acima referidas.

Curiosos, a 22 de Agosto consultámos o site da Lusa e verificámos que a sessão se não tinha realizado por ausência de ALA, alegando falta de condições de segurança.
Em declarações posteriores esclareceu que não teria sido aquela a finalidade da ida a Tomar, nem esta a razão da não presença.

Segundo declarações recentes, as afirmações da entrevista, no livro publicado, terão sido mal interpretadas. Considerando que é no meio dos combatentes que deveria esclarecer o que terá dito ou escrito, venho junto de Vª Exª sugerir duas coisas:

1. Que nos faça chegar a síntese escrita da sua intervenção, no Dia do Combatente, no ano de 2007, na Batalha, conforme prometido.

2. Que utilize o espaço da nossa revista ou do nosso site, para esclarecer ,confirmar, negar ou dar a sua interpretação sobre as afirmações que terá produzido na referida entrevista e, se assim o desejar, expressar mesmo as suas “memórias de jovem militar”.

Convencidos de que assim contribuímos para o esclarecimento de uma situação que consideramos grave, criada por Vª Exª, no seio dos combatentes que dela tiveram conhecimento, subscrevemo-nos atenciosamente.

O Presidente da Liga dos Combatentes
General Joaquim Chito Rodrigues

Mestrado em Guerra de Informação



Irá ter lugar na Academia Militar, a partir de Outubro de 2010, o Mestrado em Guerra de Informação.(GNR)

CERIMÓNIA DE EVOCAÇÃO DO BICENTENÁRIO DA DEFESA E RESISTÊNCIA DE ALMEIDA


No dia 26 de Agosto de 2010, teve lugar em Almeida, uma Cerimónia de Evocação do Bicentenário da Defesa e Resistência de Almeida, inserida no Programa das Comemorações do Bicentenário da Guerra Peninsular.

Do Programa Oficial, destacou-se a visita à Exposição “As Linhas de Defesa de Lisboa”. (Exército)

28 de agosto de 2010

Participação portuguesa na Costa da Somália é "digna da história de Portugal"

O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA) manifestou hoje "grande orgulho" na participação portuguesa na operação da União Europeia de combate à pirataria na Costa da Somália, considerando-a digna da história de Portugal.

"Não temos a imodéstia de dizer que fizemos o que fez Afonso de Albuquerque no Índico nos séculos XVI e XVII, mas, pelo menos, fomos dignos da história de Portugal naquelas paragens", afirmou o general Luís Araújo.

O CEMFA falava na Base Aérea nº 11, de Beja, durante uma visita a militares do destacamento da Força Aérea Portuguesa que participou, nos últimos quatro meses, na "Operação Atalanta" da União Europeia, de combate à pirataria no golfo de Áden e na Costa da Somália.

A partir do Aeroporto Nacional de Victoria, na Ilha de Mahé, na República das Seychelles, e da Base Aérea 188 no Djibouti, o destacamento, a bordo de um avião P-3P ORION, efetuou, como missão primária, o patrulhamento marítimo daquela zona, num total de 40 missões e 320 horas de voo.

"Não somos portugueses ilustres por enquanto, mas havemos de ser daqui por uns anos quando se lembrarem que também lá andamos", disse o CEMFA à Agência Lusa, lembrando feitos de "portugueses ilustres" no Oceano Índico, como Afonso de Albuquerque e Vasco da Gama.

"Os nossos antepassados descobriram novos mundos ao mundo. Naturalmente que agora não andamos a descobrir novos mundos ao mundo, mas andamos a contribuir para que haja mais paz no mundo", sublinhou.

Em declarações à Lusa no final da visita, o general Luís Araújo fez um balanço "claramente positivo" da missão portuguesa na "Operação Atalanta", considerando-a ainda "motivo de orgulho e também de reconhecimento e de agradecimento".

"Participámos de uma forma muito activa no combate à pirataria na costa da África Oriental, no Oceano Índico" e "contribuímos de uma forma que eu entendo que é significativa e que prestigiou Portugal e a Força Aérea na comunidade internacional", sublinhou.

"Mais uma vez demonstrámos que somos capazes de fazer bem, com dedicação, profissionalismo, competência, elevado sentido de missão, segurança, mas sempre com uma elevada honra e dignidade", frisou o general, saudando "com orgulho" os militares que "contribuíram para o êxito da missão".

"A nossa (da Força Aérea) cultura institucional, por vossa culpa, ficou mais rica. Prestigiaram o país, a Força Aérea e a vós próprios", disse o CEMFA. (Sic)

27 de agosto de 2010

PSP e GNR recebem 149 viaturas novas


O ministro da Administração Interna esteve na entrega das 149 viaturas novas à PSP e à GNR, que decorreu esta sexta-feira, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. Rui Pereira destacou o esforço do Executivo para modernizar as forças de segurança.

«O Governo e o Ministério da Administração Interna continuam apostados em apetrechar e modernizar as forças de segurança, em benefício do direito à segurança, prevenção e repressão da criminalidade», disse, segundo a Renascença.

O investimento é de 2,6 milhões de euros. A PSP recebeu 86 das novas viaturas, 11 das quais são descaracterizadas e destinadas à Unidade Especial de Polícia. Os restantes são carros de patrulha, alguns apetrechados com vidro separador para transportar detidos.(A Bola)

26 de agosto de 2010

COLÓQUIO “A I REPÚBLICA E A POLÍTICA EXTERNA”

Vai realizar-se, nos próximos dias 9 e 10 de Setembro no Museu do Oriente o Colóquio “ A I República e a politica externa”, organizado no âmbito das Comemorações do Centenário da República, com o apoio da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, do Instituto Diplomático/Ministério dos Negócios Estrangeiros, e do Instituto Português de Relações Internacionais Universidade Nova de Lisboa, contando com a Coordenação científica de Pedro Aires Oliveira e Filipe Ribeiro de Meneses. (Exército)

25 de agosto de 2010

Indra desenvolve sistema de apoio à decisão para protecção civil

A Indra revelou hoje ter fechado um contrato com a Autoridade Nacional de Protecção Civil, no valor de 450 mil euros, para o desenvolvimento de um sistema de apoio à decisão operacional deste organismo.

Em comunicado, a empresa refere que “a nova plataforma tecnológica assegurará uma resposta mais ágil e eficaz na integração com as infra-estruturas de comunicações de dados da Rede Nacional de Segurança do Ministério da Administração Interna (RNSI)”. Com este sistema, diz a Indra, “é possível assegurar uma maior integração da informação, possibilitando uma melhor e mais ágil troca de informação com os agentes de protecção civil, como o Centro de Atendimento do 112, PSP, GNR, e outros, viabilizando uma maior rapidez, eficiência e capacidade de intervenção da ANPC na gestão das ocorrências”.

A entrada em funcionamento do sistema está prevista para o primeiro trimestre de 2011.(Fonte)

Águias de bronze foram retiradas do portão da Ogma


A decisão da Força Aérea Portuguesa (FAP) e da administração da Ogma-Indústria Aeronáutica de Portugal de retirarem as duas grandes águias de bronze que encimavam as colunas do portão principal da empresa de Alverca está a ser contestada por antigos e actuais funcionários. Os símbolos da Ogma foram ali colocadas há mais de 80 anos e o seu "desaparecimento" deu já origem a uma petição que reclama a sua reposição no local.

A administração da Ogma justifica que não fará sentido manter as águias quando a empresa já não pertence ao Estado e à FAP e que procurou garantir a sua preservação em articulação com a Força Aérea. Certo é que a petição lançada em Maio já recolheu mais de 400 assinaturas e vai ser entregue ao chefe de Estado-Maior da Força Aérea e aos presidentes da Ogma e da Empordef (empresa pública que representa os 35 por cento que o Estado ainda detém na Ogma). O documento sublinha que, desde a sua inauguração, em 1919, o portão das antigas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA) "sempre foi um símbolo para todas as gerações que, diariamente, passaram por ele", e diz que foi com surpresa que os trabalhadores souberam, no final de Abril, da remoção das duas águias de bronze. "Este acto levou a que actuais e ex-funcionários da Ogma se sentissem indignados e revoltados com a delapidação do que consideram património histórico da Ogma, da Força Aérea e da cidade de Alverca", prossegue a petição.

Eduardo Bonini, presidente da Ogma, explicou, entretanto, que "as águias são um símbolo da FAP" e que, por isso, houve um entendimento entre as partes para que fossem doadas à Força Aérea Portuguesa, que para elas prometeu encontrar destino. "A Força Aérea estava presente na empresa enquanto estatal. A partir do momento em que ela (Ogma) deixou de ser estatal, temos uma relação excelente com a FAP e com o comando do Depósito Geral de Material da Força Aérea, mas concluímos que não fazia sentido o símbolo da FAP estar presente no portão de entrada de uma empresa privada", acrescentou.(Público)

24 de agosto de 2010

EMGFA - Foto da Semana


Kosovo - Treino de Planos de Contingencia no MNBG-C (EMGFA)

EUA desistem de campo de treino na Base das Lajes

A decisão americana foi comunicada pelo Comandante da Força Aérea dos Estados Unidos na Europa ao Chefe de Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa a 9 de Julho.

A decisão suporta-se em duas razões, uma financeira, devido às restrições orçamentais dos EUA e a outra estratégica: a redução de forças norte-americanas, na Europa.

A Antena 1/Açores teve acesso ao documento do Gabinete do ministro da Defesa Nacional sobre a utilização da Base das Lajes para treino de caças dos Estados Unidos, onde pode ler-se que "em Fevereiro de 2008, o Embaixador dos EUA, referindo-se à possibilidade de novas utilizações para a Base das Lajes, admitiu a hipótese de criação de umas área de treino para os novos caças F-22 e F-35 e informou estarem os EUA interessados em discutir formalmente com Portugal esta questão, sugerindo a prossecuçao de contactos formais, a nível técnico entre as respectivas forças aéreas".

Perante isto, o ministro da Defesa Nacional pediu, no mesmo ano, à Força Aérea Portuguesa (FAP) o accionamento dos necessários "contactos a nível técnico bem como informação quanto ao impacto da eventual nova utilização da Base das Lajes".

Depois disso, ficou a aguardar-se a conclusão dos"estudos técnicos entre a FAP, a NAV e a United States Air Force in Europe".

Segue-se a apresentação pela FAP ao Gabinete do ministro da Defesa português, em Maio de 2009, do parecer "confirmando da exequibilidade técnica da implementação das áreas de treino, e informando ainda que iriam ser desenvolvidas as acções necessárias à conclusão do projecto técnico...bem como a determinação do impacte na Base Aérea das Lajes da actividade gerada pelas utilização das referidas áreas de treino".

Em Junho seguinte, avançou-se para a preparação de um projecto de Memorandum of Understanding (MoU) e a determinação do referido impacto.

No que concerne ao impacto ambiental, iniciaram-se os trabalhos necessários à quantificação das actividades de treino, a realizar, tendo para tal sido solidados dados à USAFE.

A 9 de Julho de 2010, o Comandante da USAFE, através de carta enviada ao Chefe de Estado-Maior da FAP, faz saber que, devido a restrições orçamentais e reduções na estrutura de forças da USAFE, os EUA não estão em condições de prosseguir com a assinatura do referido MoU.

Assim, a Força Aérea Portuguesa informou o Comandante da USAFE que "o assunto não terá, nos termos actuais, seguimento".(RTP)

22 de agosto de 2010

Tripulação da Sagres visita pavilhão de Portugal em Xangai


O navio escola Sagres parte amanhã para Timor-Leste. Depois de ter sido impedido de atracar em Macau, a embarcação da Marinha portuguesa passou os últimos dias em Xangai

Do porto chinês até Díli, a Sagres irá cumprir uma das mais longas etapas da viagem de circum-navegação que começou há sete meses, em Lisboa.

Durante a estadia em Xangai, os 200 tripulantes visitaram o pavilhão de Portugal na Exposição Mundial que decorre naquela cidade chinesa.

A terceira volta ao mundo do navio escola Sagres integra uma passagem pela Austrália, Nova Zelândia, Filipinas, Singapura, Angola e a todo o continente africano.

O navio escola Sagres regressa a Lisboa a 23 de Dezembro.(TSF)

21 de agosto de 2010

Blogosfera - Blogues em destaque !

O blogue " O Adamastor " do Ten. Cor. Brandão Ferreira, entra directamente para a coluna de blogues em destaque no "Defesa Nacional".

PGR analisa dados do Tribunal de Contas sobre compra de blindados Pandur

O Departamento Central de Investigação e Acção Penal está a investigar elementos recolhidos junto do Tribunal de Contas sobre a compra de blindados Pandur para decidir se instaura um inquérito.

Questionada pela Lusa sobre a manchete de hoje do diário i, a Procuradoria confirmou que «relativamente à aquisição dos veículos Pandur, o DCIAP está a analisar os elementos recolhidos no processo do Tribunal de Contas para efeitos de decisão sobre se há factos penalmente relevantes que exijam a instauração de inquérito autónomo».

O Governo afirmou-se hoje «totalmente disponível para cooperar» com a Justiça relativamente a uma eventual investigação ao processo de compra de 260 viaturas blindadas de rodas Pandur II para as Forças Armadas nacionais.

«O Ministério da Defesa está totalmente disponível para cooperar com as entidades judiciais em tudo o que for solicitado», disse à agência Lusa fonte oficial do ministério tutelado por Augusto Santos Silva.

O ministro disse à Lusa que até ao momento foram entregues apenas 21 das 166 viaturas Pandur II 8x8 «em condições de operação» previstas na actual fase de execução do contrato.

«Ao fim de cinco anos de execução contratual, o Estado português já devia dispor, em condições de operação, de 166 viaturas e recebeu apenas 21 nessas condições», salientou.

«A posição do Estado português foi comunicada ao fornecedor, ainda decorrendo o prazo para este se pronunciar. É prematura qualquer outra consideração enquanto o prazo estiver a decorrer», referiu Augusto Santos Silva.

De acordo com o i, o Ministério Público abriu uma investigação ao concurso e ao contrato de aquisição das Pandur II, destinadas a substituir as velhas Chaimite.

A investigação, escreve o jornal, «tem na sua base uma auditoria que o Tribunal de Contas enviou à Procuradoria Geral da República em 2006».

O contrato, no valor de 364 milhões de euros, para fornecimento e manutenção de 260 blindados de rodas às Forças Armadas portuguesas - com opção de mais 33 viaturas - foi assinado em Fevereiro de 2005 com a empresa Steyer-Daimler-Puch, sendo então ministro da Defesa Paulo Portas.

A assinatura do contrato com a empresa austríaca chegou a estar suspenso depois de uma das concorrentes, a finlandesa Patria, ter contestado os motivos da sua exclusão - o facto de ter entregado a sua proposta final fora do prazo horário, ainda que no próprio dia.

A suspensão da assinatura do contrato acabaria por ser levantada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, que considerou que a assinatura do contrato não constituía «lesão iminente e irreversível» dos interesses da empresa numa providência cautelar, apresentada em simultâneo, e cujo processo ainda decorre.(Sol / Lusa)

20 de agosto de 2010

Tribunal chumba contrato da Marinha para sistema de comunicações

O Tribunal de Contas (TC) recusou dar o visto a um contrato celebrado entre a Marinha portuguesa e a empresa Pinto Basto, que representa em Portugal o grupo europeu de defesa EADS.

Em causa está uma adjudicação feita por ajuste directo de um sistema de comunicações por satélite, um contrato de 1,345 milhões de euros mais IVA.

O tribunal não aceitou os argumentos da Marinha para justificar a escolha deste procedimento de contratação. "No presente caso, não poderia ter sido feita a adjudicação por ajuste directo. E, tendo em conta o valor do contrato, deveria ter sido seguido o procedimento de concurso público ou concurso limitado com prévia qualificação", lê-se na decisão de 13 de Julho.

Fonte oficial do Ministério da Defesa adiantou ao i que a decisão do tribunal será respeitada, pelo que a adjudicação e o respectivo contrato são nulos.

Na resposta ao TC, a Direcção de Navios da Marinha do Ministério da Defesa justificou a aquisição deste sistema de comunicações por satélite com a necessidade de satisfazer compromissos internacionais assumidos pelo Estado português no âmbito da NATO e da União Europeia. A Marinha tem já dois destes sistemas, fornecidos pela marca EADS - Astrium, que equipam duas das fragatas da classe Vasco da Gama. O facto de haver apenas dois sistemas para três navios constitui uma "limitação grave, que, em determinadas circunstâncias, poderá comprometer o cumprimento da missão". Outro argumento invocado foi o custo associado à transferência do equipamento de navio para navio, reduzindo o tempo de vida dos sistemas.

A compra do terceiro dispositivo permitiria ultrapassar esses problemas. A adjudicação à EADS garantia ainda a interoperabilidade com as várias marinhas da Nato e seria a solução potencialmente mais económica, já que dispensaria a formação de operadores em outras tecnologias. Estas razões levaram o Ministério da Defesa a autorizar o contrato por ajuste directo, ao abrigo das excepções previstas no Código da Contratação Pública. Porém, o TC concluiu que no mercado internacional existem não só fornecedores alternativos de equipamentos similares, como outros fornecedores deste equipamento específico. Portanto, "a argumentação relativa aos custos de instalação de outros sistemas não colhe".

Considerando que o principal fundamento era o cumprimento de prazos e compromissos assumidos pela Marinha em matéria da realização de missões, o Tribunal de Contas diz que essa razão não dá cobertura legal à opção do ajuste directo. (I)

19 de agosto de 2010

O Futuro da Comunidade Transatlântica

“Vai realizar-se no IDN, no dia 10 de Setembro de 2010, um seminário internacional subordinado ao tema “O Futuro da Comunidade Transatlântica”.

O programa do seminário inclui 4 painéis: “A Revisão do Conceito Estratégico da NATO”; “Portugal e as Missões Militares Internacionais”; “a Segurança Energética”; “ O Brasil e a Segurança do Atlântico Sul”.

O evento conta com a participação de elementos do governo português (Ministro da Defesa Nacional e Secretário de Estado dos Assuntos Europeus), do Ministro da Defesa do Brasil e de reputados conferencistas nacionais e estrangeiros. O programa do seminário será publicitado oportunamente.”(IDN)

Portugal nunca esteve tão envolvido em missões de paz como em 2009

Os encargos financeiros resultantes da participação das Forças Armadas portuguesas em missões humanitárias e de paz no estrangeiro atingiram, em 2009, um montante recorde de 96,3 milhões de euros.

Os gastos com estas operações reflectiram-se, no ano passado, num crescimento de 34,5% (o correspondente a 24,7 milhões de euros) face a 2008. Quando comparadas com 2003, as despesas quase duplicaram e o número de militares destacados foi 30% superior (e duplicou face a 2008).

O Kosovo foi a região que mais gastos absorveu em 2009. As duas missões no país em que Portugal participa (uma sob a égide da ONU e outra da NATO) representaram, em conjunto, 28,8 milhões de euros, à frente dos 24,9 milhões gastos nas duas missões no Afeganistão.(J.Negócios)

18 de agosto de 2010

NRP Sagres chegou hoje a Xangai


O comandante da "Sagres", Luís Pedro Proença Mendes, congratulou-se com a forma como o navio foi hoje recebido em Xangai, afirmando que a recepção chinesa "revela que não há qualquer problema entre os dois países".

"A marinha chinesa recebeu-nos com o melhor que tem", disse aquele oficial à agência Lusa.

O navio-escola português chegou a Xangai cerca das 13:00 (06:00 em Lisboa), completando mais uma etapa de uma viagem de quase um ano à volta do mundo.(EPA)

17 de agosto de 2010

China impede o navio-escola Sagres de entrar em Macau

O navio-escola Sagres, que está neste momento a meio de uma volta ao mundo, foi impedido pelas autoridades chinesas de atracar em Macau, segundo garantiu ao DN fonte do Serviço de Informação e Relações Públicas da Marinha Portuguesa.

De acordo com a mesma fonte oficial "o navio não vai a Macau porque as autoridades chinesas não autorizam a visita de navios de guerra, de qualquer nacionalidade, na Região Administrativa de Macau".

O navio, que neste momento se encontra a caminho de Xangai (onde chegará amanhã), no âmbito da Expo 2010, terá depois de seguir directamente para a capital timorense, Díli, ao contrário do que estava previsto no planeamento da viagem, que contemplava a chegada a Macau a 28 de Agosto.

Resta saber se houve um retrocesso na permissão de entrada em Macau ou se o navio seguiu viagem sem antes ter uma confirmação das autoridades chinesas. De acordo com o especialista em relações sino-portuguesas, António Vasconcelos Saldanha, "a questão está em saber se as autoridades portuguesas já tinham ou não a autorização. Se tinham e retrocederam, não é normal". Isto porque, segundo garante o ex-presidente do Instituto Português do Oriente em Macau, "as relações entre Portugal e a China, bem como as relações com a própria região administrativa são muito boas".

Vasconcelos Saldanha acrescenta ainda que "desde de 1999 que não temos problemas alguns com a China. O Governo chinês tem até uma postura de grande simpatia para connosco".

Esta é a terceira Volta ao Mundo do navio-escola Sagres, mas a primeira desde a integração de Macau na China. As outras circum-navegações realizaram-se em 1978/79 e 1983/84.

Durante esta viagem o Navio-Escola Sagres já visitou países, como o Brasil, o Uruguai, a Argentina, o Chile, o Peru, o Equador, o México, os EUA, o Japão e a Coreia do Sul, faltando agora China, Indonésia, Timor, Singapura, Tailândia, Malásia, Índia, o Egipto e a Argélia.

Ao todo será uma viagem de onze meses, que começou a 19 de Janeiro e que terminará apenas um dia antes da véspera de Natal (23 de Dezembro), dia em que o Navio chegará a Lisboa.(DN)

12 de agosto de 2010

Visita aos navios da Força de Treino Japonesa ( Lisboa,12 Agosto)

Aproveitado o 150º Aniversário do Tratado de Paz, Amizade e Comércio entre Portugal e o Japão, e pelo facto da "Força de Treino Japonesa" estar de visita a Lisboa entre os dias 11 e 14 de Agosto de 2010. O blogue "Defesa Nacional", aproveitou esta rara oportunidade para visitar os navios Sawayuki e Yamagiri.
Aqui vos deixo este pequeno registo fotográfico da visita, por último não poderia de deixar de agradecer a cortesia demonstrada por toda a tripulação Japonesa.

Helicóptero SH-60J (Sawayuki DD 125)

Lançador SAM Sea Sparrow
Tubos Lança-Torpedos 324mm
Lançador ASROC
Peça de 76mm

Aviação na Madeira em destaque no Museu do Ar

“Aviação na Madeira” é o nome da exposição que estará patente no Museu do Ar, localizado na Base Aérea n.º1, em Sintra, numa organização da Força Aérea Portuguesa.

Segundo nota da FAP, "honrando o protocolo que celebrou com a Associação de Museus de Transportes e Comunicações" e através do Mueseu do AR, apresenta este ano uma exposição dedicada ao tema “A Aviação na Madeira”, complementada com a exposição “Missões e actividade da Força Aérea”.

De acordo com a explicação da nota de imprensa, a "Madeira está ligada aos primórdios dos voos de longa distância da história da aviação portuguesa" e inclusive "à definição do que viria a ser o Espaço Aéreo Nacional e a Zona Económica Exclusiva", reforça.

Aliás, a "presença hoje reforçada da Força Aérea" no arquipélago, "demonstra a sua importância na garantia da Soberania Nacional, num quadro Europeu e Global em que Portugal está integrado", salienta a relevância desta exposição dedicada à Madeira. "Procura-se com esta exposição ilustrar uma história de 90 anos entre a aviação e a Madeira, que hoje se encontra mais presente do que nunca." (Fonte)

Exército pretende “orientações claras e objectivas” no combate aos fogos

O Exército Português pretende que “existam orientações claras e objectivas” nos pedidos de colaboração no combate aos incêndios florestais, afirmou hoje o porta-voz do Estado Maior daquele ramo militar.

“Sempre que há orientações nós estaremos lá para trabalhar, e para colaborar com todas as entidades, mas esperemos é que haja definições claras daquilo que é para fazer”, disse o tenente-coronel Hélder Perdigão porta-voz do Exército. As declarações surgem em resposta às declarações do vice-presidente da Câmara Municipal de São Pedro do Sul, que acusou o Exército de estar parado sem fazer nada num dos incêndios daquele concelho.

“Quando não há orientações objectivas, e não há definição daquilo que é para fazer, os militares ficam a aguardar enquanto tomam as decisões”, afirmou Hélder Perdigão. “O Exército recebe as orientações das entidades civis, e através do seu oficial de ligação dá ordem aos seus militares para responderem em conformidade”, explicou o tenente-coronel.

“No caso concreto de São Pedro do Sul tem tido várias orientações, ao que os militares responderam, mas espera-se que haja orientações claras e objectivas”, repetiu Hélder Perdigão. “Quem tutela o posto de comando é a Autoridade Nacional de Protecção Civil” através dos “próprios bombeiros e dos responsáveis da protecção civil regional ou municipal”, das quais o Exército recebe orientações para actuar no teatro de operações, acrescentou.

Ainda de acordo com o oficial, o Exército “não está ali para combate em primeira intervenção, isso é uma missão dos bombeiros e até porque os militares não têm meios para isso, mas responde em missões de vigilância e rescaldo de acordo com as orientações”.

Aquele ramo militar tem hoje no terreno em operações de apoio no combate aos fogos, 11 pelotões com cerca de 300 homens, e já activou a engenharia militar com máquinas de rastos pesadas, nos diferentes incêndios que lavram no país concluiu Hélder Perdigão.(Público)

6 de agosto de 2010

Fabrequipa fecha se governo rasgar contrato dos blindados Pandur

Ao assinar o contrato de compra de 260 veículos blindados Pandur à Steyr-Daimler-Puch, em 2005, o governo exigiu que a General Dynamics (GD) transferisse para Portugal o know-how associado à produção do modelo. Para esse efeito foi criada uma fábrica em Portugal, a Fabrequipa. A mesma que, com a ruptura do contrato em cima da mesa do Ministério da Defesa, enfrenta um cenário de falência pelas mesmas mãos de quem pensou a sua existência. Há 250 postos de trabalho em risco.

"Quando o senhor secretário de Estado diz que a Fabrequipa tem de pedir responsabilidades à General Dynamics, esquece-se que foi o Estado que exigiu - nos contratos de fornecimento e contrapartidas - que a GD transferisse para uma empresa portuguesa o know-how tecnológico e os direitos associados à produção dos Pandur. Foi uma exigência do Estado português. Agora é ele mesmo a querer mandar tudo para o lixo?" explica ao i a advogada da Fabrequipa, Paula Lourenço, em resposta às declarações do secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello.

Ontem, e perante a notícia avançada pelo i de que o Estado português estaria a preparar-se para rasgar o contrato de fornecimento das Pandur arriscando uma guerra jurídica com um dos maiores fabricantes mundiais de armamento, o governante assumiu que a relação com a unidade austríaca de sistemas terrestres da GD tem sido marcada por "incumprimentos". No entanto, negou que o governo tenha alguma responsabilidade sobre o futuro da unidade do Barreiro. "O Estado português não tem nenhum contrato com a empresa portuguesa que está a fazer as viaturas Pandur. Esse contrato é entre o fornecedor austríaco, a Steyr, e uma empresa portuguesa."

A pouco menos de um mês - como o próprio Marcos Perestrello reconhece - de se ultrapassar o deadline imposto pelo Ministério da Defesa para que a construtora austríaca regularize a entrega dos Pandur, o governo tem todas as opções contratuais em aberto, incluindo a denúncia do acordo. "A relação contratual com a Steyr tem sido marcada por alguns incumprimentos por parte do fornecedor. O Estado português, na defesa dos interesses do país, usará todas as prerrogativas, quer contratuais, quer legais, para chegar a esse objectivo."

Fontes militares contactadas pelo i olham para a posição do governo como um esticar de corda que serve uma estratégia com um duplo objectivo: conquistar tempo, margem de manobra e flexibilidade orçamental num período em que os cofres nacionais não suportariam a acumulação simultânea de facturas de submarinos e blindados. Também nos círculos militares, ninguém acredita que as exigências feitas por Lisboa numa carta enviada à Steyr (ver texto ao lado) pelo director-geral de Armamento e Infra-estruturas, vice-almirante Viegas Filipe, possam ser cumpridas. Versão ontem confirmada à TSF por Francisco Pitta, proprietário da Fabrequipa, o parceiro nacional da Styer responsável pela construção de 220 Pandur em solo nacional. "As exigências feitas na carta pelo senhor vice-almirante Viegas Filipe são totalmente inexequíveis", acusou.

Ora, o prazo acaba no final de Agosto e, tendo em conta o histórico da Steyr, será que o governo ainda acredita na capacidade do fabricante austríaco e do parceiro nacional? "Isto não é uma questão de fé. A nossa expectativa é que o fornecedor cumpra as suas obrigações. Não o tem feito." Assim sendo, o governo deverá mesmo manter-se fiel ao ultimato e romper o contrato, mesmo que Perestrello diga que a questão "ainda" não se põe. "Caso haja resolução do contrato entre Portugal e a GD, isso significa, sem sombra de dúvida, a impossibilidade da Fabrequipa continuar a laborar", sustenta Paula Lourenço, acusando o governo de incoerência: "Há vários casos, como o dos submarinos, em que os prazos não foram cumpridos." A Fabrequipa defende-se dos ataques do governo, e Paula Lourenço argumenta que o governo terá de perceber duas coisas: "Primeiro, sempre houve entregas dos Pandur, ainda que os prazos não tenham sido cumpridos à risca. E se não foram feitas as entregas nos termos que os militares queriam, a responsabilidade é de quem tem de fiscalizar os fornecimentos - Missão de Acompanhamento e Fiscalização, militares da Fabrequipa e Comissão de Contrapartidas. A segunda coisa é que no caso dos Pandur existe pela primeira vez transferência de know-how e criação de emprego em Portugal. A Fabrequipa, beneficiária das contrapartidas, investiu tendo como garantia a própria exigência contratual do Estado." Se Lisboa optar pela dissolução do contrato, Paula Lourenço acredita que isso se deve "à incompetência do governo - através dos seus organismos - em fazer a fiscalização dos fornecimentos e da execução das contrapartidas".

Até agora o Exército português recebeu 120 Pandur de sete versões de um total previsto de 240 blindados de 12 versões, num negócio avaliado em 364 milhões de euros. Além dos atrasos nas entregas do fornecedor, têm-se somado problemas técnicos e sinal disso mesmo, é que dos 120 blindados recebidos, apenas sobre 20 deles foi accionada a cláusula de garantia.

As Pandur, substitutas das Chaimites, representam claramente um salto tecnológico para o Exército e deveriam equipar a Brigada de Intervenção que integrará o European Battle Group. (Iol)

Há mar e mar há ir e voltar

Força Aérea Portuguesa - Imagem do Mês (Agosto 2010)

Fonte: Força Aérea Portuguesa

5 de agosto de 2010

XI Curso de Defesa para Jovens

“Vai realizar-se o XI Curso de Defesa para Jovens (XI CDJ), que este ano decorrerá na Academia da Força Aérea, em Sintra, no período de 06 a 10 de Setembro.

O programa de actividades do XI CDJ prevê a realização de conferências sobre temas relacionados com a Segurança e Defesa, nacional e internacional, e visitas a unidades das Forças Armadas e das Forças de Segurança onde serão efectuadas palestras sobre as respectivas instituições e apresentados diversos materiais e equipamentos. O programa inclui ainda uma visita à Câmara Municipal de Sintra para divulgação da realidade socioeconómica e cultural do município sintrense aos jovens auditores.”

O Curso de Defesa para Jovens (CDJ) tem por finalidade a sensibilização, a valorização e o esclarecimento do universo dos jovens potenciais dirigentes ou quadros superiores das estruturas do Estado e da sociedade civil, através da investigação, estudo, reflexão e debate sobre os grandes problemas nacionais e internacionais com incidência no domínio da segurança e da defesa.(IDN)

4 de agosto de 2010

Estado admite denunciar contrato de fornecimento de blindados "Pandur"

O secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, afirmou hoje que a relação contratual com a empresa de armamento Styer tem sido marcada por "incumprimentos" e admite denunciar o contrato de fornecimento dos blindados "pandur".

"A relação contratual com a Styer tem sido marcada por alguns incumprimentos por parte do fornecedor. O Estado português, na defesa dos interesses do país, usará todas as prerrogativas, quer contratuais, quer legais, para chegar a um objetivo, que é a defesa dos interesses nacionais", afirmou Marcos Perestrello aos jornalistas.

Numa declaração à imprensa no Ministério da Defesa, o secretário de Estado referiu que a denúncia do contrato é um cenário que "ainda não se coloca", mas "é uma das prerrogativas que está no contrato".

Para já, foi feita uma "uma advertência ao fornecedor, de que estando em incumprimento o Estado utilizaria todas as prerrogativas que o contrato prevê".

"Se isso acontecer, temos que ver a seguir o que vai acontecer", afirmou, referindo que não tem conhecimento que a empresa tenha dado qualquer resposta à advertência do Estado.

O jornal "I" avançou hoje que o Estado deverá romper o contrato de 364 milhões de euros para fornecimento e manutenção dos 260 blindados, tendo sido enviada uma carta "em forma de ultimato" à empresa austríaca Styer-Daimler-Puch.

"Convém ter a noção de que quem está em incumprimento não é o Estado português. O Estado português tem cumprido as suas obrigações e aquilo que espera é da parte dos fornecedores que sejam também capazes de cumprir as suas. Não havendo cumprimento por parte dos fornecedores, o Estado naturalmente utiliza todos os instrumentos ao seu dispor", sublinhou.

A data limite prevista para o cumprimento do contrato é o final de agosto, referiu Marcos Perestrello.

O secretário de Estado rejeitou que a eventual denúncia do contrato coloque em causa 200 postos de trabalho, sublinhando que "o que eventualmente põe em causa os postos de trabalho é o incumprimento por parte do fornecedor das suas obrigações com os seus fornecedores".

"O Estado português não tem nenhum contrato com a empresa portuguesa que está a fazer parte das viaturas 'pandur', esse contrato é um contrato entre o fornecedor austríaco, a Styer, e uma empresa portuguesa", argumentou.

Questionado sobre a utilização de eventuais critérios distintos por parte do Estado para com os fornecedores, nomeadamente no caso dos submarinos, Marcos Perestrello afirmou que nesse caso "o prazo não foi alargado".

"Neste caso concreto (dos 'pandur') é que o prazo foi renegociado no ano passado, foi acordado entre as partes no ano passado uma prorrogação do prazo e mesmo esse novo prazo prorrogado não está a ser cumprido nas suas alíneas intermédias", disse.

"Neste contrato, como no contrato dos submarinos, o Estado utiliza as prerrogativas que estão no contrato e na lei. No contrato dos submarinos não houve incumprimentos que permitissem ao Estado usar uma prerrogativa desta natureza", acrescentou.

Marcos Perestrello afirmou que "já houve 'pandur' entregues e a forma como o contrato está elaborado significa que nas pandur entregues já há cumprimento, essas viaturas já estão do lado do Estado português".

A denúncia do contrato "implicará penalidades para quem não cumprir o contrato" e caso se verifique "que o Estado português venha a ter perdas e danos, naturalmente que isso está salvaguardado no âmbito da lei", referiu.

Marcos Perestrello disse que não está para já previsto nenhum encontro com a empresa, sendo que "as diligências que são feitas entre o Estado português e os seus fornecedores são feitas no âmbito das relações contratuais normais".

Questionado sobre a forma como têm decorrido os contratos para aquisição de equipamentos para as Forças Armadas, o secretário de Estado reconheceu que "há contratos que têm corrido melhor, há contratos que têm corrido menos bem".

"No caso dos submarinos, o problema tem se colocado essencialmente na forma como está a ser executado o contrato de contrapartidas e não tanto o contrato de aquisição dos equipamentos", acrescentou.(Sic N)

Ministro da Defesa recusou receber Clube Militar Naval pela primeira vez em 150 anos

Um grupo de oficiais da Marinha está indignado com o ministro da Defesa. são membros do Clube Militar da Marinha, uma instituição com 150 anos que sempre funcionou como Conselho para os assuntos militares navais. O clube pediu para ser recebido por Santos Silva, a proposito da reforma dos serviços de saúde militares. Pela pimeira vez em 150 anos, um ministro recusou recebê-los. Os oficiais decidiram agora escrever uma carta aberta.

A carta aberta ao ministro da Defesa tem um pouco mais de sete páginas. É assinada por oficiais de topo da Marinha. Alguns já foram Chefes do Estado Maior da Armada. O que está escrito nesta carta queriam os membros do clube militar naval, dizer cara a cara a Santos Silva se ele os tivesse recebido.

"Nós pedimos esta audiência porque estamos preocupados com a questão da reforma do serviço de saúde militar e sobretudo com o que vai acontecer ao hospital da Marinha. Era essa a nossa grande dúvida ao termos conhecimento dos despachos ministeriais percebemos que havia uma certa aceleração do processo e uma visão muito imediata e a curto prazo e a exclusão do hospital de Marinha da fase seguinte" explicou o Contra-Almirante Martins Guerreiro.

Mas inesperadamente o ministro da defesa mandou dizer que estava bem informado e que não precisava de os ouvir. O contra-almirante Martins Guerreiro foi um dos que em primeira mão soube da indisponibilidade de Santos Silva em os receber.

"Isto é inédito, na história da Marinha. Atribuimos isso a um desconhecimento do que é a instituição Marinha (...) e do que é a cultura da Marinha. Quer no tempo da Monarquia, quer no tempo da I República, quer no tempo da Ditadura nunca aconteceu uma coisa destas. Comissões de oficiais que se constituiram e que pediram audiências ao poder político, foram sempre recebidas" prossegue o Contra-Almirante.

A indignação dos militares está bem patente nas sete paginas da carta aberta. Onde começam por questionar os asssessores de Santos Silva perguntando mesmo se estarão eles informados sobre o que representa este clube militar naval.

Recordam que foi no clube naval que acontecram muitas das reuniões que levaram a decisão da marinha participar no 25 de abril. E por isso menos entendem que o ministro não os tenha recebido quando apenas queriam dar conta das preocupações sobre a exclusão do hospital da Marinha no projecto de fusão dos serviços de saúde dos militares.

A carta seguiu para o ministério da defesa no passado dia 20 de Julho. O clube Militar tem ainda esperança de ser recebido.(Sic)

2 de agosto de 2010

Ex-chefe da Armada considera fundamental aquisição de submarinos

O almeirante Vieira Matias, antigo chefe do Estado-maior da Armada, lembrou que a aquisição destes submarinos é fundamental por causa do território marítimo que Portugal dispõe e que poderá aumentar bastante.

O almirante Vieira Matias entende que a aquisição dos submarinos Tridente, um dos quais chega esta segunda-feira à base do Alfeite é importante para a defesa da soberania nacional.

Ouvido pela TSF, este antigo chefe do Estado-maior da Armada lembrou o facto de Portugal ser um país «essencialmente marítimo», por causa da zona marítima de 1,7 milhões de km2 contra os 90 mil km2 de território terrestre.

«Estamos na expectativa de vir a aumentar esse território marítimo para 3,2 milhões de quilómetros quadrados, isto é uma imensidão superior, por exemplo, ao território da Índia», sublinhou.

O primeiro destes submarinos comprados à Alemanha passou esta manhã, cerca das 10:00, junto à Ponte 25 de Abril, acompanhada de dois rebocadores a caminho da base do Alfeite, onde decorrerá uma cerimónia de recepção a este equipamento. (TSF)

Blogosfera - Sugestão de Leitura "Julho de 2010"

Operacional

- Desinstalar a confusão
- Exercício "Apolo 10" no distrito de Santarém
- O Motociclo Militar

Barco à Vista

- LDM 404 "Chipa"

Pássaro de Ferro

- O Símbolo de uma Nação

Reserva Naval

- Guiné,1969 - Emboscada a um combóio naval Parte 1
- Guiné,1960 - Emboscada a um combóio naval Parte 2
- Guiné,1966 - Exercícios de Fuzileiros

As Cruzadas, Barco + Navios, Blogue dos Navios e do Mar, Combustões, Estado Sentido, NRP Álvares Cabral F336, Pássaro de Ferro , PoADU ,Roda do Leme

1 de agosto de 2010

A participação da Marinha na 5th Operational Mentor and Liaison Team - Garrison

Introdução

Encontram-se presentemente em missão no Teatro de Operações (TO) do Afeganistão, quatro Forças Nacionais Destacadas (FND). Uma delas, a 5th Operational Mentor and Liaison Team – Garrison (5ªOMLT-G), constituída por onze militares dos três ramos das Forças Armadas Portuguesas, integra cinco militares da Marinha (3 Oficiais e 1 Sargento FZ e 1 Sargento TF) que desempenham as seguintes funções: Deputy Commander and Executive Officer Mentor, Logistics Mentor, Communications Mentor, Catering Mentor e Nato Communications Centre Operator.
De uma forma genérica, a missão da 5ªOMLT-G é: “Treinar, ensinar e servir de mentor…” a uma unidade de Guarnição do “… Afghan National Army (ANA), conduzir a ligação e o Comando e Controlo (C2) e, quando solicitado, apoiar o planeamento e o seu emprego operacional, de forma a facilitar o desenvolvimento de um ANA competente, profissional e auto-suficiente”.

Aprontamento

O aprontamento conjunto da 5ªOMLT-G decorreu no Regimento de Infantaria nº 13, em Vila Real, e iniciou-se em meados de Dezembro de 2009. Em complemento ao período de preparação para a missão, foi possível desfrutar da beleza que o Inverno confere à hospitaleira Vila Real.
Considerando as características e a perigosidade do TO para o qual a 5ªOMLT-G efectuou o aprontamento, foi sempre preocupação do comando, que os elementos que a constituem estivessem preparados para o desempenho específico de cada um, mas tendo sempre em “mira” o princípio da segurança. Será de realçar por isso a formação no âmbito dos Engenhos Explosivos Improvisados - IED (principal ameaça no TO) e a potenciação da capacidade de protecção de força, própria de cada elemento inserido no grupo.

Viagem

Ultrapassado o período de aprontamento e a angústia dos últimos dias em território nacional, chegou o dia da projecção para o TO. Foi no dia 23 de Março pelas 1030 horas que o C-130 da FAP descolou de Lisboa com destino a Kabul, onde aterrou em 25 de Março pelas 1331 horas, hora local, no KAIA (Kabul International Airport). Pelo caminho ficou uma paragem em Salónica (Grécia) e outra em Baku (Azerbaijão). Mas a viagem não terminou em KAIA. O trânsito por viatura para Camp Warehouse (CW), permitiu uma primeira habituação à realidade Afegã. Realidade que é agora parte do nosso dia-a-dia.

Passagem serviço/TOA

Ao chegarmos a Kabul, foi com natural júbilo que os camaradas da 4ªOMLT-G nos receberam. Desde o início, foi preocupação da 4ªOMLT-G possibilitar a melhor ambientação possível e uma passagem de serviço organizada e esclarecedora. A apresentação aos futuros mentorados e Pontos de Contacto (POC’s) relevantes bem como a condução de todos o processo right seat/left seat são disso um exemplo. Todo este processo culminou com a cerimónia do Transfer Of Authority (TOA), que teve lugar em 12 de Abril. Cerimónia simples mas muito digna, constou de Homenagem aos Mortos, transferência do Estandarte Nacional entre os Senior National Representatives (SNR) e a Passagem de Guião entre a 4ªOMLT-G e a 5ªOMLT-G.

Induction Course

O Induction Couse, corresponde à última fase de aprontamento, já efectuada no TO é da responsabilidade da ISAF. Alguns dos assuntos abordados são um complemento ao aprontamento efectuado em Território Nacional (TN). Outros conteúdos, pela sua qualidade e relevância assumem uma grande importância, sendo de destacar a formação de Counter-IED e o Curso de Counter-Insurgency Operations.

Mentoria

Repetidamente empregue, a expressão “a mentoria é uma maratona”, atinge agora todo o seu significado. É de facto uma prova de fundo, que não se esgota no final do ciclo de cada OMLT e que só a resistência e a perseverança de mentores e mentorados, permite que os objectivos propostos, e com frequência revistos, possam ser atingidos. Diariamente os elementos da 5ªOMLT-G deslocam-se de Camp Warehouse para Pol-e-Charki (onde está localizada a Guarnição) para, em conjunto com os seus mentorados, continuar o trabalho produzido pelas equipas anteriores, tentar melhorar procedimentos e rotinas, de que é feita a vida de uma unidade. Tudo de forma a, na sequência de objectivos superiormente estabelecidos contribuir para “ treinar, ensinar … unidades do Afghan National Army (ANA),….. de forma a facilitar o desenvolvimento de um ANA competente, profissional e auto-suficiente”.

Vida Interna

Sendo muito absorvente, a mentoria não esgota o dia-a-dia dos elementos da 5ªOMLT-G. Após o regresso, e efectuada a reunião diária de avaliação do trabalho efectuado e perspectivas para o(s) dia(s) seguinte(s), é altura de cada um rentabilizar o tempo que resta. Preparação de documentos e trabalhos em curso, mas também a necessária prática desportiva é realizada, quer somando voltas ao perímetro do campo, quer desfrutando do ginásio existente. Sobram sempre uns momentos para convívio com elementos das outras FND com quem partilhamos o “reduto português” de CW, bem como para o encorajado e aconchegante contacto com a família para quem a missão no TN é igualmente, talvez até mais, exigente.

Dia da Marinha

Não seria por estarmos no Afeganistão, terra sem mar, que o Dia da Marinha ia deixar de ser assinalado.
Assim, não havendo lugar a cerimónias oficiais, deixámos esse privilégio para o pessoal que está em Portugal, juntámos a Família Naval presente no Afeganistão e efectuámos uma foto para mais tarde recordarmos a exemplo do já realizado aquando da celebração do Dia do Corpo de Fuzileiros.(Fuzileiros)

1º Aniversário do blogue "Defesa Nacional"


Hoje, este humilde blogue festeja o seu 1ºAniversário. O "Defesa Nacional", agradece a todos amigos e anónimos cibernautas que diariamente o visitam .