13 de abril de 2012

Portugal prepara intervenção militar na Guiné-Bissau

A Força de Reacção Imediata (FRI) das Forças Armadas portuguesas está a elevar o seu nível de prontidão devido ao agravamento da situação na Guiné-Bissau, disseram à agência Lusa fontes militares.

Segundo as fontes, forças especiais, pára-quedistas e fuzileiros receberam ordens nas últimas horas para aumentar a velocidade de resposta para «acautelar» qualquer eventualidade.

A FRI, que tem meios dos três ramos das Forças Armadas que variam consoante o tipo de missão, pode ser deslocada em 72 horas e é comandada pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA).

Contactado pela Lusa, nem o gabinete do ministro da Defesa Nacional nem o porta-voz do EMGFA quiseram fazer qualquer comentário sobre este assunto.

Na quinta-feira à noite um grupo de militares guineenses atacou a residência do primeiro-ministro e candidato presidencial, Carlos Gomes Júnior, e ocupou vários pontos estratégicos da capital da Guiné-Bissau. A acção foi justificada hoje, em comunicado, por um auto-denominado Comando Militar, cuja composição se desconhece, como visando defender as Forças Armadas de uma alegada agressão de militares angolanos, que teria sido autorizada pelos chefes do Estado interino e do Governo.

A mulher de Carlos Gomes Júnior disse hoje que ele foi levado por militares na noite do ataque e encontra-se em parte incerta, bem como o Presidente interino, Raimundo Pereira.

Os acontecimentos militares na Guiné-Bissau, descritos como um «golpe de estado» pelo Presidente da República português e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, antecederam o início da campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais previstas para dia 29 de Abril. Lusa/SOL

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