10 de outubro de 2009

BASE DAS LAJES - Reactivação da Esquadra dos Puma sem apoios financeiros adicionais

O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general Luís Araújo, destacou ontem, na Base das Lajes, que a reactivação da Esquadra 752, dos Pumas, foi realizada “sem apoios adicionais, em particular os financeiros”.

“Apesar das resistências e reservas, a vários níveis, a reactivação da Esquadra dos Pumas (752) na Base das Lajes, que há 32 anos operam nos Açores, é um exemplo da capacidade e competência técnica dos militares para cumprimento das suas missões”, afirmou o general.

O CEMFA falava na cerimónia de mudança de comando da Base Aérea nº 4, nas Lajes, durante a qual o coronel aviador Alexandre Figueiredo substituiu o coronel Luís Ruivo.

Luís Araújo aproveitou a ocasião para enaltecer a cooperação institucional entre a Força Aérea Portuguesa (FAP) e as regiões autónomas e o restante território do país, bem como “com os EUA, país aliado com quem se partilham objectivos comuns”.

“A utilização do aeródromo das Lajes [por forças militares portuguesas e norte-americanas] pela aviação civil é uma experiência de partilha ainda não experimentada em outras partes do país”, disse.

Nesse sentido, considerou que “fica assim demonstrado que a missão operacional pode ser partilhada com actividades de interesse público”.

Luís Araújo realçou também “o esforço conjunto entre Portugal e os EUA na procura da paz e dos valores que enformam a cultura e civilização ocidentais, numa harmonia recíproca, permitindo que objectivos comuns sejam plenamente alcançados”.

“A Base Aérea da Lajes assume relevância para a segurança nacional e cooperativa da Aliança (Atlântica - NATO)”, sustentou o CEMFA.

Ainda que sem especificar datas, o CEMFA revelou que, em breve, os helicópteros EH101 Merlin e os C-295 estarão a operar nos Açores.

Por seu turno, o novo comandante da BA4, coronel Alexandre Figueiredo, que há 22 anos foi piloto de helicóptero na Base das Lajes, manifestou a convicção de que esta base “tem uma importância vital para a população do arquipélago e para os compromissos internacionais do país”.

Prometeu, por isso, “uma colaboração franca e honesta com o destacamento militar norte-americano”, frisando que o seu limite “são as normas acordadas e definidas (pelo tratado assinado entre os dois países)”.

Alexandre Figueiredo alertou ainda para “as mudanças, de acordo com o tempo que vivemos”, porque, como salientou, “quem não muda perde eficácia, definha, torna-se irrelevante e, por fim, desaparece”.(União)

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