25 de dezembro de 2009

Pólo do Museu do Ar em Alverca do Ribatejo vai abrir uma vez por semana

O pólo do Museu do Ar em Alverca do Ribatejo vai manter-se, de momento, na cidade e passar a abrir apenas uma vez por semana. O nosso jornal sabe que foram as próprias chefias do pólo de Alverca que fizeram a proposta de horário reduzido ao Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general Luís Araújo.

Depois de ter perdido a sede do Museu do Ar para Sintra a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira está a aguardar uma decisão da Força Aérea Portuguesa (FAP) sobre o que fazer com o pólo de Alverca do Ribatejo.

A falta de pessoal militar suficiente para alimentar os dois museus é uma das principais razões para a decisão, que deverá ser anunciada em breve pelo CEMFA.

A sede do novo e moderno Museu do Ar já abriu ao público em Sintra para onde já foram levadas várias peças que estavam no pólo de Alverca. “A colecção mãe e a maior parte do espólio está exposto em Sintra”, revela o chefe do Gabinete de Relações Públicas da FAP, Tenente-Coronel Gonçalves, a O MIRANTE.

Na última reunião do executivo da câmara de Vila Franca de Xira, que decorreu na quarta-feira, 16 de Dezembro, a presidente da autarquia garantiu a permanência do espaço museológico em Alverca.

“Este terá uma intervenção mais directa da câmara e da junta de Alverca, não havendo razões para preocupações”, disse Maria da Luz Rosinha em resposta ao presidente da junta de Alverca, Afonso Costa (PS) depois deste a ter interpelado sobre a continuidade ou não do museu em Alverca.

A edil revelou ainda que o pólo vai estar fechado em Janeiro para obras de remodelação mas que isso “é perfeitamente normal e que nada tem a ver com a abertura do Museu na Base de Sintra”, e acrescentou: “Temos vindo a negociar com a FAP a permanência do museu em Alverca devido ao grande interesse que existe em preservar a memória aeronáutica da cidade”, disse Maria da Luz Rosinha.

Quando questionado sobre este encerramento temporário o Tenente-Coronel Gonçalves afirma que “não tinha conhecimento da situação” mas que é “perfeitamente possível que o museu tenha de sofrer remodelações internas”.

Sobre se a autarquia de Vila Franca de Xira apresentou uma proposta concreta para a continuidade do Museu do Ar em Alverca, o oficial refere que também “não tem conhecimento dessa situação”.

De acordo com o Tenente-Coronel Gonçalves são duas as razões que levaram à transferência da sede do Museu do Ar de Alverca para Sintra. “Questões de espaço para albergar o vasto espólio e a falta de caminhos de rolagem para as aeronaves acederem às pistas. Neste momento existe uma parceria com a TAP e a ANA com o objectivo de trazer para o novo Museu do Ar, parte dos seus espólios museológicos. Tudo isso está patente em Sintra”, refere o porta-voz da FAP.

O Museu do Ar de Sintra tem mais de 3000 mil metros quadrados de área coberta e alberga neste momento 42 aeronaves. “Não recebe tudo o que queremos mas tem capacidade de expansão”, salienta o chefe do Gabinete de Relações Públicas da FAP.(O Mirante)

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