24 de janeiro de 2010

GNR: ASPIG com 'boas expectativas' para reunião com Ministério da Administração Interna sobre extinção da BT

O presidente da Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG) considerou hoje 'boas as expectativas' para a próxima reunião com o Ministério da Administração Interna (MAI) para discutir problemas relacionados com a extinção da Brigada de Trânsito (BT).

A reunião esteve inicialmente marcada para 18 de Janeiro, foi transferida depois para segunda-feira, mas devido a compromissos do Governo teve de ser adiada para a próxima quarta-feira, segundo o presidente da ASPIG.

Em declarações à agência Lusa, José Alho sublinhou que o ministro Rui Pereira 'não é o culpado da extinção da BT', tendo herdado essa situação do seu antecessor, que porventura terá sido mal aconselhado por alguns comandantes da Guarda Nacional Republicana (GNR).

José Alho referiu que o objectivo da reunião não é manter a designação de BT, mas garantir que haja um corpo 'especializado na GNR, que tenha um comando único e formação contínua, como a BT (extinta) tinha'.

Desde que estes requisitos estejam preenchidos, o presidente da ASPIG entende que tanto faz que a designação desse corpo especializado seja Unidade Nacional de Trânsito (UNT), Unidade Especial de Trânsito (UET) ou outra. 'Digo em tom de ironia que até podia chamar-se Assobio', referiu.

Face à actual situação, José Alho observou que a desmotivação dos militares da GNR destacados para o trânsito é 'total', pelo que é 'necessário e urgente' arranjar um 'comando único e uma coordenação do trânsito a nível nacional'.

O mesmo responsável escusou-se a pronunciar sobre a existência de uma alegada greve às multas como forma de protesto pela situação existente, preferindo dizer que 'a problemática do trânsito é muito grande' e notou que 'sai legislação todos os dias', pelo que é preciso formação contínua do pessoal.

No âmbito da regulamentação da Lei Orgânica da GNR, a 01 de Janeiro de 2009 entrou em funcionamento a Unidade Nacional de Trânsito e a BT foi extinta, tendo cerca de dois mil militares sido colocados nos destacamentos de trânsito dos 18 comandos territoriais de Portugal Continental.

Para a nova Unidade Nacional de Trânsito, foram transferidos 160 efectivos da ex-BT, que estão em Lisboa e Porto, únicos locais que dispõem desta unidade especializada, apesar de realizar missões em todo o país.

A extinção da BT tem gerado contestação a nível interno, com os militares da ex-Brigada de Trânsito a exigirem a integração na Unidade Nacional de Trânsito, tendo chegado a entregar uma petição na Assembleia da República. (Lusa)

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