18 de janeiro de 2010

Londres assinala 200 anos das Linhas de Torres

O Parlamento britânico comemora hoje os 200 anos da construção das Linhas de Torres. O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, participa nesta cerimónia evocativa.

A obra, considerada um exemplo das históricas ligações entre Portugal e a Inglaterra, começou a ser construída em 1809, com o objectivo de defender Lisboa das invasões francesas.

Este reduto armado foi construído pelo Exército português com contribuição britânica. “São a maior obra de fortificação de campanha do mundo. Nunca se tinham feito, até à altura, um linha tão extensa e em tão pouco tempo”, refere o Tenente General Maia Mascarenhas.

Em 1810, Napoleão mandava 65 mil homens, pela terceira vez, invadir Portugal, mas deparou-se com um novo sistema defensivo. “Criou-se uma linha defensiva e isso trava definitivamente o exército francês de uma conquista de Lisboa. É o início da queda de Napoleão”, explicou o historiador Carlos Guardado.

Torres Vedras assinala o bicentenário com uma exposição organização em três núcleos: mostra dedicada aos impactos que as invasões tiveram na região; mostra de objectos que vêm de uma exposição particular; mostra com o título “Não Passarão”, que revela a importância das Linhas de Torres Vedras para a defesa de Lisboa.
História:

No início do Século XIX, no contexto das Invasões Francesas, é erguido em Portugal um sistema defensivo que constitui hoje um valioso património Histórico-militar – as Linhas de Torres – cuja importância é reconhecida não apenas a nível local e nacional, mas também internacional.

Após as invasões francesas de 1807 e 1809, no Outono de 1809, após a derrota dos franceses, e porque se previa nova invasão, Lord Wellington organizou a defesa de Lisboa. Cercou a capital por três linhas fortificadas, reforçando assim os obstáculos naturais do terreno. Assim nascem as conhecidas Linhas de Torres.

As obras tiveram o seu início em 1809 e terminaram em 1812, já quando as tropas do Marechal Massena se haviam retirado. Foram dirigidas primeiro pelo tenente-coronel Fletcher, depois pelo capitão Jonh Jones. (RR)

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