Os militares portugueses que se preparam para a nova missão no Afeganistão, muitos já com missões ali cumpridas, abordam a partida com "confiança" e alguma ansiedade perante a perspectiva de entrarem em acção.
O 1.º cabo Joel Cruz é um veterano que prepara a terceira missão no Afeganistão. A segunda ficaria marcada por um contacto de fogo directo com os insurgentes. Ao regressar de uma missão em Kandahar (Sul do Afeganistão) para Cabul, em 2008, a coluna portuguesa foi subitamente atacada com granadas de RPG (lança-foguetes) e fogo de metralhadora pesada.
Os Comandos estiveram meia hora sob fogo intenso e sofreram um ferido e só a reacção ao fogo inimigo terá evitado maiores danos. "É nesses momentos que faz todo o sentido tudo o que aprendemos na instrução, todo o trabalho e todos os sacrifícios que fazemos", recorda Joel Cruz.
Para outros trata-se da primeira missão e aguardam-na com visível ansiedade. "Confiante, seguro e ansioso", diz o cabo Miguel Soares, que se prepara para cumprir a sua primeira missão operacional e não esconde a sua expectativa. "Era isto que queria! Vejo a missão no Afeganistão como uma experiência importante e uma valorização pessoal", afirma.
Também "é a primeira missão da minha carreira e uma oportunidade de pôr em prática tudo o que aprendi", diz o tenente Miguel Faro, que será responsável pelo comando de um "grupo" (unidade de 33 homens). (DN)
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