A fragata portuguesa “Álvares Cabral” regressa hoje a Lisboa, vinda da Somália, onde combateu a pirataria marítima no oceano Índico como navio chefe numa operação da NATO.
O ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, visita a fragata “Álvares Cabral” no seu regresso a Lisboa, onde estarão ainda o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Valença Pinto, o Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, Marcos Perestrello, e o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Melo Gomes.
A “Álvares Cabral” regressa a Portugal depois de cumprida a sua missão de combate à pirataria marítima no oceano Índico, como navio-chefe da “Standing NATO Maritime Group 1”, no âmbito da operação “Ocean Shield” - Aliança Atlântica - da NATO.
A 1 de Janeiro, o porta-voz da NATO, comandante Santos Fernandes, fazendo um balanço da operação, explicou que o ataque que decorreu nesse dia, na zona do Golfo de Aden, ao largo da Somália, juntava-se à lista dos 33 ocorridos nos últimos seis meses naquela zona, período em que o combate à pirataria na Somália esteve sob o comando de Portugal. “Nesse período foram neutralizados pela NATO cerca de 103 suspeitos de pirataria, dos quais 44 foram da responsabilidade dos dois navios portugueses que estão no teatro de operações”, adiantou então o comandante da fragata “Álvares Cabral”, que desde Novembro passado se encontra ao largo da Somália, em substituição da fragata “Côrte-Real”.
Desde que a área da responsabilidade da NATO se encontra sob comando português, foi apenas registado o sequestro de um navio, uma situação que o responsável classificou como “uma redução bastante substancial”, tendo em consideração que em idêntico período, no ano transato, ocorreram 26 sequestros.
Só no ano de 2009 foram registados 410 ataques de piratas em todo o mundo, dos quais resultaram 47 navios sequestrados e cerca de 800 pessoas tornadas reféns. Desse número, 178 ataques ocorreram na Somália, local onde foram sequestrados 45 navios e 760 tripulantes foram tornados reféns, números que o porta-voz considerou positivos, uma vez que entre 2000 e 2006, “decorreram 2400 ataques de pirataria em todo o mundo”.
O porta-voz da missão da NATO adiantou ainda que, em 2009, foram contabilizadas as mortes de cinco reféns e de dez piratas, além de vários feridos. A missão da Aliança Atlântica, designada “Ocean Shield”, tem como objectivo o combate direto à pirataria e a protecção à navegação mercante que cruza a área de operações, numa vasta área ao largo da costa leste somaliana, que se estende do Corno de África às Seichelles, uma das zonas do planeta com maior tráfego marítimo e onde se têm verificado numerosos ataques de piratas a cargueiros e petroleiros. (Público)
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