24 de maio de 2010

Hospital de campanha do Exército totalmente operacional em 2012


O Exército prevê ter o seu hospital de campanha completamente operacional em 2012, capaz de fazer operações cirúrgicas e prestar cuidados intensivos.

Essa capacidade, uma das que foram testadas esta semana num exercício de resposta a uma catástrofe natural, tem vindo a constituir-se como uma das 'meninas dos olhos' do Exército - em plena discussão sobre a reforma da Saúde Militar, que envolve o hospital único e as áreas de medicina operacional de cada ramo das Forças Armadas, e quando Portugal começou a usar esse sector como contributo para as missões no exterior (mais precisamente no Afeganistão, onde há equipas médicas militares conjuntas).

No caso específico do hospital de campanha do Exército, aerotransportado em aviões C-130 com uma prontidão de 72 horas, ele será de "nível dois +": adoptando os padrões NATO, faz triagem e ressuscitação, tem um módulo cirúrgico de cuidados intensivos e bloco operatório para 15 cirurgias/dia, inclui uma secção de emergência e trauma (projectável) e outra de aconselhamento e apoio psicológico. Em paralelo, existe a farmácia de campanha.

Com o simulacro de sexta-feira, o Exército quis mostrar as capacidades logísticas que também servem para apoiar a população civil 'afectada' por um sismo no vale do Tejo - a partir das instalações do Depósito Geral de Material do Exército, em Alcochete.

Tendo em pano de fundo as recentes catástrofes naturais da Madeira, Haiti, Chile e China, o comando da Logística do Exército criou um cenário sísmico de que resultou a destruição de edifícios, muitos mortos e feridos, bem como cerca de 1200 desalojados.

Complementando a intervenção dos serviços da Protecção Civil, o Exército ofereceu assistência médico-sanitária aos feridos, organizou transporte e alojamento para os desalojados, distribuiu roupa, forneceu água e comida.

A outro nível, prestou apoio cartográfico sobre a área sinistrada, destacou meios de engenharia militar para fazer o reconhecimento e recuperar vias de comunicação, remover escombros e lançar pontes, assim como deu apoio técnico para estudar os danos nas infra-estruturas e avaliar prejuízos. (DN)

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