10 de julho de 2010

Rangers "Há sempre um risco muito considerável"


Coronel Sepúlveda Velloso, comandante do CTOE de Lamego.


Quais as missões específicas das Operações Especiais?

Há quatro missões primárias: a acção directa - a operação sobre um alvo; a segunda é a assistência militar, que abrange um âmbito muito vasto; a terceira é o reconhecimento especial e vigilância para identificar um objectivo - estas são as missões em termos de doutrina NATO, incluídas na nossa doutrina nacional de defesa. Nesta consta ainda a acção indirecta em que as Operações Especiais devem organizar e enquadrar elementos irregulares para actuar sobre uma força invasora.

Actuam em qualquer ambiente?

Temos treino para isso. Já treinámos no Árctico, no deserto e vamos este ano treinar no Centro de Instrução de Guerra na Selva, na Amazónia, para ganhar competências neste ambiente.

Qual o vosso grau de prontidão?

O mais elevado aqui na unidade é a dos elementos adstritos à Força de Reacção Imediata, que é 96 horas, em termos formais. Mas da última vez que uma força saiu daqui, armada, municiada e com água e alimentação para três dias, demorou cinco horas desde a ordem de preparar até à chegada ao ponto de partida.

Pode referir uma acção marcante na história da unidade?

O nosso objectivo é cumprir as missões, fazer o que há a fazer, regressar e continuar o nosso trabalho. Posso é dizer que mais de 70% das missões dos últimos 15 anos decorreram num clima de tremenda incerteza, de tremenda exigência e de risco muito considerável.

Já alguma mulher se inscreveu no curso?

Até hoje surgiram duas candidatas nos centros de selecção, mas não passaram nos testes.

Qualquer pessoa pode ser de Operações Especiais?

Diria que qualquer pessoa pode ser, mas nem todos conseguem .(DN)

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