A decisão americana foi comunicada pelo Comandante da Força Aérea dos Estados Unidos na Europa ao Chefe de Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa a 9 de Julho.
A decisão suporta-se em duas razões, uma financeira, devido às restrições orçamentais dos EUA e a outra estratégica: a redução de forças norte-americanas, na Europa.
A Antena 1/Açores teve acesso ao documento do Gabinete do ministro da Defesa Nacional sobre a utilização da Base das Lajes para treino de caças dos Estados Unidos, onde pode ler-se que "em Fevereiro de 2008, o Embaixador dos EUA, referindo-se à possibilidade de novas utilizações para a Base das Lajes, admitiu a hipótese de criação de umas área de treino para os novos caças F-22 e F-35 e informou estarem os EUA interessados em discutir formalmente com Portugal esta questão, sugerindo a prossecuçao de contactos formais, a nível técnico entre as respectivas forças aéreas".
Perante isto, o ministro da Defesa Nacional pediu, no mesmo ano, à Força Aérea Portuguesa (FAP) o accionamento dos necessários "contactos a nível técnico bem como informação quanto ao impacto da eventual nova utilização da Base das Lajes".
Depois disso, ficou a aguardar-se a conclusão dos"estudos técnicos entre a FAP, a NAV e a United States Air Force in Europe".
Segue-se a apresentação pela FAP ao Gabinete do ministro da Defesa português, em Maio de 2009, do parecer "confirmando da exequibilidade técnica da implementação das áreas de treino, e informando ainda que iriam ser desenvolvidas as acções necessárias à conclusão do projecto técnico...bem como a determinação do impacte na Base Aérea das Lajes da actividade gerada pelas utilização das referidas áreas de treino".
Em Junho seguinte, avançou-se para a preparação de um projecto de Memorandum of Understanding (MoU) e a determinação do referido impacto.
No que concerne ao impacto ambiental, iniciaram-se os trabalhos necessários à quantificação das actividades de treino, a realizar, tendo para tal sido solidados dados à USAFE.
A 9 de Julho de 2010, o Comandante da USAFE, através de carta enviada ao Chefe de Estado-Maior da FAP, faz saber que, devido a restrições orçamentais e reduções na estrutura de forças da USAFE, os EUA não estão em condições de prosseguir com a assinatura do referido MoU.
Assim, a Força Aérea Portuguesa informou o Comandante da USAFE que "o assunto não terá, nos termos actuais, seguimento".(RTP)
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