1 de outubro de 2010

ENVC entregam 1º de 6 navios de patrulha oceânicos à Marinha até Dezembro

O coordenador da Comissão de Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), anunciou hoje que a empresa entregará "até Dezembro" o primeiro dos seis navios de patrulha oceânica (NPO) encomendados pela Marinha portuguesa.

O Ministério da Defesa Nacional tinha anunciado para Janeiro de 2010 a entrega do primeiro NPO, mas o navio continua nos ENVC, apesar de, como sublinhou o coordenador da Comissão de Trabalhadores, António Barbosa, "estar pronto a operar".

"O navio navega, funciona. Agora há acertos do ponto de vista da automação, que é mais rigorosa por ser um navio militar, para trabalhar e operar em tempo de guerra. Tem requisitos que um navio comercial não terá", explicou.

Lembrou que se trata de um "projecto totalmente novo", pelo que o primeiro da série "tem um conjunto de requisitos de acerto mais morosos", mas garantiu que será entregue até Dezembro.

"Os seguintes já vão sair com uma cadência adequada", disse ainda, adiantando que o segundo NPO poderá ser entregue à Marinha no primeiro trimestre de 2011.

Em Março de 2009, a Marinha portuguesa assinou com os ENVC contratos para a construção, ao longo de cinco anos, de navios e lanchas, cujo valor ascende a 500 milhões de euros.

Os contratos dizem respeito à construção de dois navios de combate à poluição e cinco lanchas de fiscalização costeira, com possibilidade de opção por mais três, e seis NPO.

Os NPO vão substituir as corvetas da classe João Coutinho, já com 40 anos de vida.

Estas encomendas da Marinha são as únicas da actual carteira dos ENVC, mas a Comissão de Trabalhadores espera que "a todo o momento" arranque a concretização de dois contratos para quatro navios.

Em causa está a construção de dois ‘ferries' para um armador grego, um negócio que poderá ascender a mais de 120 milhões de euros, e de dois asfalteiros para a Venezuela, no valor de cerca de 130 milhões de euros.

Em ambos os casos, há opção por mais uma embarcação.

"Os contratos estão assinados e em termos técnicos está tudo resolvido e tudo discutido até ao mais ínfimo pormenor. Falta apenas afinar questões que se prendem com os negócios bancários, entre banca e armadores", explicou António Barbosa.

Diário Digital / Lusa

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