26 de janeiro de 2011

LANÇAMENTO DO LIVRO "GENERAL JOSÉ VICENTE DE FREITAS - A LIBERDADE DE PENSAR"

Em 20 de Janeiro de 2011 pelas 18h00, realizou-se nas instalações do Museu Militar da Madeira no Palácio de São Lourenço, o lançamento do Livro “General José Vicente de Freitas – A Liberdade de Pensar“ da autoria do Dr. Francisco José Vieira Fernandes actual Secretário Regional da Educação e Cultura.

No inicio da cerimónia o Comandante Operacional e da Zona Militar da Madeira proferiu algumas palavras enaltecendo a iniciativa, referindo a honra que é para o Exercito Português ter tido nas suas fileiras uma figura tão distinta como a do oficial biografado.

A obra supra referida foi apresentada pelo Dr. Marcelino Castro, Director da revista “Islenha”.

Na sala de exposições, repleta de convidados e descendentes do General Vicente de Freitas destacou-se a presença do Prof. Dr. Castanheira da Costa, Magnífico Reitor da Universidade da Madeira, a Dra. Conceição Estudante, Secretária Regional do Turismo e Transportes, o Dr. Manuel António, Secretário Regional do Ambiente e Recursos Naturais, o Dr. Santos Costa, Secretário Regional do Equipamento Social, o Dr. Ventura Garcês, Secretário Regional do Plano e Finanças e o Dr. João Dantas, Presidente da Assembleia da Câmara Municipal do Funchal. (Exército)

2 comentários:

  1. Se Camões renascesse faria cantar na sua epopeia outros Heróis de Portugal, incluindo entre eles o conterrâneo General José Vicente de Freitas, figura militar e respeitável cidadão, que prometeu e cumpriu ditadura, contribuindo para salvar o país do descalabro em que se encontrava. Os seus pensamentos deixaram-me perplexa, talvez por tomar consciência do Portugal do tempo dos meus avós, pais, tios e de toda uma família que tive, mas partiu para nunca mais regressar…N a obra pressente-se o sabor amargo de um tempo de dificuldades que originou a emigração; de um tempo de fome e sem condições básicas essenciais…Sem transportes, com gente descalça e faminta, que se alimentava de farinha amarela… Um país de tuberculosos, sem assistência médica, enfim, os decretos publicados e as comissões responsáveis permitem deduzir as dificuldades e as necessidades, q o General madeirense assumiu com responsabilidade e ajudou a ultrapassar com rigor e disciplina, falando pouco, mas fazendo muito… Influenciada ou não pelas palavras da obra reconheço a necessidade dos sacrifícios, dos cortes supérfluos e da urgência de menos favores… Intemporalidade esquizofrénica?!... Na verdade, valorizemos a cura ao país doente… Se por um lado, estranhamos, por outro, recomendamos a receita de quem com duras palavras, não iludiu ninguém e acertou no remédio para transformar Lisboa numa Terra desenvolvida, ajudando-a a sair das barracas de madeira que a caracterizava…Não será o exemplo deste General uma “loucura” a seguir? Uma necessidade para controlar os comportamentos menos viciosos?

    ResponderEliminar
  2. Em nome da Defesa Nacional, o seu Tio avó, General J. V. De Freitas, defendeu, entre outros aspectos, que aos poucos iremos comentando, particularmente, no campo educativo, a gratuitidade da escola pública até à 4ª. Classe. De facto, não sei se isso será motivo de orgulho, se de tristeza, pois revela-nos o estado miserável em que se encontrava o nosso Portugal, quiçá, adormecido, vil, atormentado por um passado, já passado, sem ânsia, sem sonho, sem nada de nada que devolvesse o sentido à vida. E se os meus pais foram vítimas do Sistema, nós, os filhos da terra e da Nação, herdámos parte dessa falta de conhecimento. Se hoje os nossos jovens não sabem escrever nem ler, nem raciocinar, há-de perdoar-me a ousadia, deve-se à ignorância e às políticas passadas de opressão, escravidão e limitação do saber. Ainda assim, o General conseguiu o mínimo de instrução para a gente deste país que hoje luta por uma igualdade europeia, o que é caricato, pois nascemos desiguais, mas lutamos por um mundo mais igual, mais justo e mais honesto…
    Recuando à obra, é-nos lembrado a triste situação dos antigos liceus que não passavam de um ensino particular, frequentados apenas por aqueles de meios familiares mais abastados , percebendo-se a razão de tanta incompetência que ainda perdura nos nossos meios sociais e em algumas das nossas instituições… O Sr. Comandante, coronel e General J. V. de Freitas representa, no meio madeirense, um ilustre felizão, por ter nascido em berço de ouro… Louve-se, no domínio educativo, o seu empenho na reorganização do país, especialmente, a valorização do ensino Técnico agrícola, cuja intenção era a de valorizar a Terra, hoje, completamente abandonada e desprezada, verificando-se que ninguém come da sua Terra para ir comer à terra alheia e os nossos jovens já nasceram com a ideia de se tornarem todos licenciados a qualquer custo, mesmo em cursos que já não tenham saídas profissionais, qualquer coisa, desde que não seja a enxada, que tanto humilhou e sacrificou os nossos avós e deu de comer aos grandes Senhores; qualquer coisa desde que não lembre o sofrimento da gente oprimida, qualquer coisa que revele importância social… A obra vale porque desperta para o Tempo dos avós e pais privados de conhecimento, para o tempo dos “ vassalos excelentes”, para o tempo em que as “armas” e o conhecimento” eram exclusividade de alguns . Para findar, se, por um lado, temos de enaltecer o carácter de obrigatoriedade do ensino obrigatório até à 4º. Classe, por outro, condenamos e lamentamos que durante esse regime ditatorial, cerca de 40 anos, não se tivesse passado disso, não se tivesse partilhado o saber e a cultura, por isso, outros, pelo mundo, têm Césares, Augustos, Aquiles, Alexandros, Eneias, Melcíades, Temístocles, Óctávios, Homeros; durante tantos anos ensinaram-nos a História passada der outros, ensinaram-nos a invejar a História alheia ( banimos, inclusive, a História de certos cursos, como se ela não fosse a orientação primordial de tudo) e hoje, surge-nos inesperadamente, esta sua obra que nos dá a conhecer, mas também a reflectir sobre a nossa própria condição de eternos secundários, numa Europa cada vez mais competitiva… Ninguém pode ignorar q continuamos a ser o produto do passado. Obrigada, por me ter permitido esta liberdade de pensar…

    ResponderEliminar

Mensagens consideradas difamatórias ou que não se coadunem com os objectivos do blogue Defesa Nacional serão removidas.