19 de abril de 2011

Ministro Defesa assinala «lançamento» operacional dos C-295

O início da capacidade operacional inicial das aeronaves C-295M VIMAR da Força Aérea, equipadas para missões de vigilância e patrulha marítima, é hoje assinalado em cerimónia com a presença do ministro da Defesa, Augusto Santos Silva.
A cerimónia, que tem lugar na Base Aérea 6, no Montijo, assinala a entrada desta capacidade das Forças Armadas na sua fase operacional inicial, subsequente à recepção das cinco aeronaves C-295M configuradas especificamente para vigilância marítima e a conclusão da qualificação das respetivas tripulações.

As cinco novas aeronaves (de um total de 12 novas C-295 que equipam a Força Aérea) estão equipadas especificamente para a fiscalização de pescas, a deteção e controlo de actividades ilícitas e de poluição marítima, o controle de tráfego marítimo e o apoio a missões militares em ambiente marítimo.

As restantes sete C-295M estão «configuradas» para o transporte táctico e de carga, operações de busca e salvamento (SAR) ou lançamento de pára-quedistas.

O contrato para aquisição das 12 aeronaves C-295 à empresa EADS/CASA foi assinado em Fevereiro de 2006 entre a Defaerloc - empresa-veículo compradora dos aviões, pertencente à holding das indústrias de Defesa do Estado, Empordef.

A compra dos sucessores dos Aviocar, orçada em 275 milhões de euros, foi financiada por um consórcio bancário constituído pela Caixa Geral de Depósitos e pelo Barclays Bank.

Nos termos do mesmo convénio, a Defaerloc será responsável pela propriedade e manutenção dos novos aparelhos de transporte táctico e vigilância marítima, cedendo-os à Força Aérea nos termos do contrato de locação assinado, em paralelo ao de aquisição.

A OGMA, o grupo de empresas do Pólo Tecnológico de Defesa - Edisoft, EID e Empordef TI e a Efacec são os principais beneficiários do contrato de contrapartidas, no valor de 460 milhões de euros.

A OGMA deverá ainda fabricar um dos componentes da estrutura dos C-295 portugueses, e também para outras encomendas do mesmo modelo de aparelhos que o grupo aeronáutico europeu venha a receber.

Está ainda previsto que a OGMA, que tem na manutenção aeronáutica a sua principal actividade, venha a receber no futuro pacotes de trabalho para os aviões A-350 e A-380 da Airbus, fabricante aeronáutico de que a EADS é o principal acionista.

Diário Digital / Lusa

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