19 de maio de 2011

Comandante da Logística do Exército declarou hoje a sua apreensão perante a perspetiva da extinção da Manutenção Militar e das OGFE

O comandante da Logística do Exército declarou hoje a sua apreensão perante a perspetiva da extinção da Manutenção Militar e das Oficinas Gerais do Fardamento e Equipamento.

"O Comando da Logística não pode deixar de encarar com fundada apreensão a amplitude das transformações a efetuar, que, devido à sua complexidade, exigirão decisões oportunas e ajustadas, de forma a que o apoio ao Exército não seja minimamente comprometido em qualquer fase do processo".

Joaquim Monteiro falava na cerimónia que assinalou os dias do Comando de Logística e do Depósito Geral de Material do Exército, que decorreu hoje na presença do ministro da Defesa Nacional demissionário, Augusto Santos Silva, e do Chefe do Estado Maior do Exército, Pinto Ramalho, e que serviu para apresentação da nova Unidade Logística de Emergência, para atuação em caso de emergência ou catástrofe.

O comandante da Logística do Exército declarou-se convicto de que as soluções que forem encontradas com vista à redução e racionalização de custos não irão expor o Exército "à mercê das contingências comerciais e ao complexo regime contratual público, obrigando à assunção de actividades que, de todo, não fazem parte das suas competências e para as quais não está vocacionado".

No seu discurso, Augusto Santos Silva referiu a necessidade de uma "sensata e prudente" articulação entre o que pode ser internalizado e o que pode ser externalizado.

"Há capacidades que se dirigem ao essencial da missão militar e há serviços que se podem externalizar, porque não são essenciais à missão", disse, frisando que o que é essencial deve ser mantido na esfera militar, mas o que é "lateral" deve ser externalizado, um princípio que, disse, deve ser generalizado ao geral da Administração Pública.

Joaquim Monteiro referiu os "constrangimentos sérios" que o Exército apresenta em 2011 para o cumprimento dos contratos de adjudicação já firmados "e para os quais não possui fontes de financiamento alternativas", dadas as restrições impostas pela Lei da Execução Orçamental e pelo atraso na disponibilização dos saldos de 2010.

Augusto Santos Silva frisou a necessidade de se ligar a modernização à racionalização, num esforço de aproximação à "relação ótima em matéria de relação custo/benefício".

Defendeu ainda a aposta na criação de sinergias, pedindo a combinação de capacidade e meios para diferentes usos e a valorização do que é conjunto aos diferentes ramos das Forças Armadas, apontando como exemplos, nomeadamente, a saúde e o ensino.(Lusa)

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