11 de junho de 2011

Comissão do Encontro dos Combatentes exorta jovens a manterem a iniciativa

O presidente da Comissão organizadora do Encontro Nacional de Combatentes, que decorreu hoje em Lisboa, exortou os jovens a continuarem estes encontros e a seguirem os "puros valores da portugalidade".

O tenente general Vizela Cardoso dirigia-se às cerca de mil pessoas concentradas junto do Monumento aos Combatentes no Forte do Bom Sucesso, em Belém, tendo apelado aos os ex-combatentes para "seguirem o exemplo: numa mão Camões e na outra o Santo Condestável".

O militar leu ainda uma mensagem do Presidente da República dirigida aos ex-combatentes, em que Cavaco Silva lembrou os 50 anos do início da guerra em África que envolveu um milhão de jovens de todas as regiões do país, e os 3500 militares que ficaram prisioneiros quando da ocupação do ex-Estado da Índia.

O Chefe de Estado afirmou a necessidade de passar às "gerações mais novas" a importância de valores como o do mérito, da lealdade, da honra, da família e da pátria.

O encontro que se realiza há 18 anos, acolheu pela primeira vez uma cerimónia inter-religiosa em que participaram o xeque David Munir, da mesquita de Lisboa, e o padre frei Fernando Mota (ex-soldado comando).

No discurso de homenagem aos combatentes, Jaime Almeida, ex-militar da Força Aérea Portuguesa, afirmou que "não há povo nem soldado no mundo mais capaz do que o português".

"Sabemos subir montanhas e alcançar cumes; definhamos quando nos criam condições para renascer das cinzas, qual Fénix", atestou.

O antigo militar afirmou "que hoje alguns gostariam de fazer desaparecer das nossas preocupações mais profundas" o "respeito por conceitos como a Pátria, a bandeira e a Nação Portuguesa".

"Essa 'amnésia provocada' é ainda mais preocupante quando notamos todos os que, tendo-se entregado heróica e determinadamente a Portugal, voltaram à sua Pátria, alguns deles portadores de deficiências, mas todos com a assumida sensação de 'Dever Cumprido' e que os poderes por vezes teimam em disfarçar ou ignorar", afirmou.

O militar referiu também "o envolvimento heroico e determinante da PSP" [Polícia de Segurança Pública] na década de 1960 durante a guerra no ex-ultramar.

Na cerimónia foram aliás evocados os elementos da PSP "mortos ao serviço de Portugal", tendo o superintendente Jorge cabrita afirmado no discurso que proferiu, que esta foi "muitas vezes a garantia de segurança das autoridades administrativas e das populações civis até chegar o contingente militar".

Após os discuros a evocação prosseguiu com a deposição de cerca de vinte coroas de flores no Monumento aos Combatentes dos diferentes ramos das Forças armadas, associações de ex-miliatres e combatentes e também da Cruz Vermelha.

Participaram na cerimónia disparando uma salva protocolar a corveta Baptista Andrade da Armada e duas aeronaves da Força Aérea além da banda e um destacamento da GNR e militares dos três ramos das Forças Armadas.(Lusa)

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