14 de julho de 2011

Liga dos Combatentes - Operação Nova Frente 2

De 15 a 30 de Junho 2011, deslocou-se a Moçambique uma Equipa de Missão da Liga dos Combatentes, com o objectivo de finalizar o reconhecimento aos locais referenciados como possuidores de campas de militares portugueses inumados durante a Guerra do Ultramar. Finda a Operação "NOVA FRENTE-2", a LC dá por concluído o reconhecimento a todos os locais – Cemitérios citadinos, Municipais e locais, bem como aos pontos de inumação isolados e situados perto de antigos aquartelamentos portugueses.

Garantindo desde já a possibilidade técnica para levar a cabo o início da concentração de restos mortais em Ossários, actividade que iniciará ainda durante 2011 depois de autorizada pelo Ministério da Administração Estatal de Moçambique, a LC recebeu das autoridades Municipais da Cidade de Nampula autorização para construir um Ossário no cemitério Municipal e, em processo similar, sancionamento para utilizar alvéolos do Ossário da Beira que ficarão afectos à Liga.

A Equipa de Missão foi apoiada pelas autoridades portuguesas em Moçambique, Embaixada de Portugal em Maputo – em particular e por forma muito eficaz por parte do Adido de Defesa, bem como do Consulado na Beira e em Nampula. No que ao Consulado de Nampula se refere, é adequado salientar o muito empenho da nossa Cônsul Honorária para agilizar e garantir autorizações e contactos que viabilizaram a autorização para a construção do Ossário da LC naquela cidade. A LC recebeu o apoio institucional e amistoso das autoridades Moçambicanas com quem contactou pessoalmente – Ministro dos Combatentes e Associação de Combatentes da Luta de Libertação Nacional, entidades de credenciaram a Equipa de Missão e viabilizaram toda a deslocação e contactos efectuados pelas Províncias percorridas.

Foram estabelecidos diversos contactos protocolares e de boa convivência institucional com Governadores Provinciais, Presidentes de Conselho Municipal e delegados Provinciais da ACLLN, situação na qual foi preponderante o apoio e a conduta das autoridades Consulares Portuguesas. A Equipa de Missão percorreu mais de 3.500Km de Jeep, visitando as Províncias de MAPUTO-SOFALA-MANICA-TETE e ZAMBÉZIA e reconhecendo em pormenor a BEIRA-CHIMOIO-TETE-FINGOÉ-.MUTARARA-MOATIZE-CHEMBA-MOPEIA e MOPEIA VELHA-MOCUBA-QUELIMANE e NAMACURRA.

Demasiados anos passaram sobre cemitérios e campas isoladas não possibilitando ao fim de quase 40 anos identificar muitas destas e recebendo a LC a informação das autoridades cemiteriais de que na maioria dos cemitérios das grandes cidades – BEIRA e TETE, a necessidade de espaço que se verifica na primeira e o abandono que envolve a segunda, conduziram à vala comum os restos mortais das sepulturas onde criteriosamente tinham sido inumados militares portugueses.

O que era fisicamente possível identificar, foi identificado, não tendo o tempo que entretanto decorreu pós 1974, capacidade para apagar muitos dos vestígios materializados em campas dispersas identificadas e que ascendem a cerca de 30, objecto de futura intervenção e concentração no Ossário de Nampula e da Beira. (LC)

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