11 de setembro de 2011

Museu militar de Ponte de Lima abre em 2012

O museu militar de Ponte de Lima deverá abrir no princípio de 2012, dedicando uma atenção especial aos pergaminhos do concelho naquela área, disse à Lusa o chefe do Estado-Maior do Exército.

Segundo José Luís Pinto Ramalho, que falava durante uma visita às Feiras Novas, o museu mostrará também “a missão do Exército, os seus meios, as suas perspetivas para o futuro e os seus valores”.

O museu funcionará como “um pólo de informação e atração”, para que “a juventude e a sociedade conheçam o Exército, o que está a fazer e o que é a sua história”.

“Os trabalhos de preparação do museu estão em marcha, o edifício em vias de ficar devoluto, pensamos que o museu será uma realidade no princípio do ano”, referiu Pinto Ramalho.

O museu vai funcionar ao abrigo de um protocolo assinado em maio entre a Câmara de Ponte de Lima e o Exército português.

Ficará instalado no Paço do Marquês, um edifício que já foi hospital, escola secundária e Paços do Concelho e que desde 2003 funciona como delegação de turismo e centro de exposições.

Segundo o presidente da Câmara de Ponte de Lima, Victor Mendes, o novo equipamento significará um investimento de cerca de 400 mil euros.

O autarca sublinhou que o município pretende “um museu vivo, interativo, que mostre um pouco da história militar do concelho, da região e do país”.

De acordo com o protocolo, o Exército dará assessoria técnica e formação do pessoal e cederá o espólio, e à Câmara caberá disponibilizar o espaço e assegurar a sua gestão.

Pinto Ramalho já adiantara, em fevereiro, que aquele museu será dotado de peças que se podem mostrar em vitrinas, nomeadamente armas, mas também poderá mostrar filmes e exposições sobre as guerras do Ultramar e peninsulares ou sobre a Linha de Torres e os seus fortes.

“Temos um espólio valiosíssimo que não está exposto, que está guardado em armazéns, mas temos todo o interesse em o tornar acessível, em o mostrar”, disse Pinto Ramalho.

Na altura, sublinhou que Ponte de Lima “tem pergaminhos militares”, já que foi ali que, no século XIX, estiveram aquartelados dois batalhões de caçadores, um dos quais durante quase 40 anos.

Além disso, Ponte de Lima acolheu também o hospital militar de S. João de Deus, durante a guerra da restauração.

A Câmara esgrime ainda um outro argumento para acolher aquele museu, sustentado no “passado histórico de largos séculos do concelho”, situado na antiga via militar Braga-Astorga.

“Em virtude da sua importância militar e política, D. Teresa mandou povoar Ponte de Lima, concedendo-lhe foral em 1125, com vários privilégios, entre os quais a proteção da feira que já então se realizava, a mais antiga de que há registo documental”, acrescenta uma nota do Município. (Lusa)

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