16 de fevereiro de 2012

Entrada em funcionamento do radar do Pico dependente da fiabilidade do sinal

O vice-chefe do Estado-Maior da Força Aérea destacou hoje a importância do radar de defesa aérea instalado no Pico do Areeiro, na Madeira, cuja entrada em funcionamento está dependente da fiabilidade do sinal.

No Porto Santo, onde hoje acompanhou a visita ao aeródromo de manobra n.º 3 do Representante da República para a Região Autónoma da Madeira, o tenente-general Victor Morato explicou que há que "passar o sinal do radar" para Monsanto, onde está sediado o Comando Aéreo Nacional.

Segundo o responsável, é no sinal, que tem de chegar a 100 por cento a Monsanto, que reside o "problema".

"A fiabilidade neste momento ainda não é a necessária", declarou o vice-chefe do Estado-Maior da Força Aérea, acrescentando: "É isso que está a ser tratado neste momento, hoje mesmo está cá um sargento-técnico do Exército (...) que está a montar o equipamento que foi agora adquirido para testar".

O tenente-general adiantou que o objetivo é aferir a viabilidade desta solução, pelo que nada adiantou sobre a entrada em funcionamento do radar, designado por estação radar n.º 4, onde já trabalham 14 militares e aos quais se juntarão no futuro mais dez.

Sobre a importância do equipamento, que tem um raio de cobertura de cerca de 250 milhas náuticas, aproximadamente 400 quilómetros, o responsável observou: "Juntamente com Portugal Continental, fecha a porta de entrada para o Mediterrâneo, portanto temos visibilidade sobre tudo o que queira entrar pelo Mediterrâneo por exemplo".

À pergunta sobre quando os Açores terão um radar defesa aérea, o tenente-geral respondeu que a questão deve ser dirigida a "quem tem o dinheiro".

"O projecto temos", declarou, referindo que este avançará "quando o poder político achar que é oportuno".

Para o responsável, o radar de defesa aérea é "importante para o país".

"Nós temos uma missão e a missão seria muito mais bem cumprida se tivéssemos cobertura radar também nos Açores, mas isso não depende de nós", realçou.

A defesa do espaço aéreo português, da responsabilidade da Força Aérea Portuguesa, é actualmente constituída por três estações radares no terreno localizados no Continente -- Paços de Ferreira, Montejunto e Foia (Algarve). (DN)

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