5 de maio de 2012

Força de Reação Imediata já iniciou o regresso a Portugal

Parte dos meios da Força de Reação Imediata (FRI) portuguesa enviada, em meados de Abril, para Cabo Verde, na sequência de um golpe de Estado na Guiné-Bissau, começou hoje a regressar a Portugal. O objetivo do envio fora o de, se necessário, resgatar cidadãos portugueses e europeus daquela antiga colónia caso o conflito político-militar se agravasse.

No entanto, nos últimos 15 dias, a evolução da situação permitiu fazer uma avaliação mais favorável quanto à segurança dos portugueses na Guiné, abrindo caminho à retração do dispositivo militar português na região.

"O evoluir da situação, nomeadamente a alteração de circunstâncias (a reabertura do espaço aéreo e o desenvolvimento político e diplomático dos últimos 15 dias) faz com que a presente avaliação de risco permita a retração, já hoje, de parte da força", afirmou esta sexta-feira, 4, José Pedro Aguiar Branco, numa entrevista à VISÃO, que será publicada na edição da próxima quinta-feira.

Desse modo, a fragata Vasco da Gama e o navio reabastecedor Bérrio da Marinha iniciaram o seu regresso a Portugal. Na região vão permanecer ainda os navios Bartolomeu Dias (fragata) e Batista de Andrade (corveta).

A ordem de partida para África foi dada a 13 de abril, e 48 horas depois já a Vasco da Gama, a Bartolomeu Dias e o Bérrio se encontravam a caminho.

"Podemos estar todos satisfeitos com a capacidade que as Forças Armadas têm para poder estar em prontidão dessa forma, o que obriga a muito treino, muito ensaio, disciplina e rigor durante o tempo em que não há exposição mediática", comentou o ministro.

Entretanto, num comunicado, o Ministério anunciou que a decisão "tem em conta não só as condições de segurança em que a comunidade portuguesa na Guiné Bissau se encontra, como também o facto de se verificar uma situação de abertura das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas que tem permitido um fluxo normal de entradas e saídas do território".

O Executivo garante que continuará a seguir a situação na Guiné-Bissau, e que não deixará de assumir novas medidas de prontidão de forças adequadas para responder a quaisquer eventualidades que coloquem em causa a segurança da comunidade portuguesa.(Visão)

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