9 de junho de 2012

"Austeridade não pode travar investimentos no sector militar"

O ministro da Defesa, José Aguiar-Branco, afirmou este sábado que mesmo em período de austeridade Portugal não pode deixar de investir na defesa nacional e de participar em missões militares internacionais.

"É absolutamente vital que participemos como parceiros quer a nível da NATO, quer da União Europeia ou das Nações Unidas. A nossa segurança passa pela participação nesses teatros de operação, sublinhou o governante aos jornalistas, a bordo da fragata Corte-Real, que este sábado de manhã chegou a Portugal de uma missão na Somália.

O navio, pertencente à Marinha portuguesa, integrou, entre 26 de Março e 21 de maio, a Força Naval da União Europeia, que participou na Somália numa missão de combate à pirataria, na qual estiveram também Espanha, Alemanha, França, Itália e Holanda.

Cerca das 11h30, a fragata Corte-Real atracou na Base Naval do Alfeite, levando a bordo, além dos 196 militares que participaram na missão, o ministro da Defesa, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Luís Esteves de Araújo e o Chefe do Estado-Maior da Armada, José Saldanha Lopes.

No cais, mais de uma centena de pessoas aguardava o desembarque dos tripulantes.
Durante a missão, que durou 90 dias, "foram realizadas, pela primeira vez, acções de disrupção de campos pirata em terra, na costa da Somália, permitindo eliminar as bases logísticas de apoio aos grupos de piratas".

A fragata efectuou também escoltas a embarcações do Programa Alimentar Mundial, que transportaram ajuda alimentar para a Somália, vigilância e patrulha no Corredor de Trânsito Internacional Recomendado, no Golfo de Áden, estreito de Bab Al Mandeb e Mar Vermelho, bem como abordagens e vistorias a vários navios suspeitos, com o intuito de identificar eventuais indícios da prática de pirataria. (CM)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Mensagens consideradas difamatórias ou que não se coadunem com os objectivos do blogue Defesa Nacional serão removidas.