11 de junho de 2012

Dia de Portugal foi também o Dia do Combatente





Com orgulho estampado no rosto, os homens passeavam as suas boinas, colorindo a multidão com vermelho (Comandos), verde (Paraquedistas), azul-escuro (Fuzileiros), amarelo (Grupos Especiais) e castanho (Exército). Eram milhares e juntaram-se para as comemorações do Dia do Combatente, como hábito no dia 10 de junho, Dia de Portugal, que foi também o seu dia.

Junto ao monumento de homenagem aos combatentes, mesmo ao lado da Torre de Belém, em Lisboa, decorreu uma manhã de memória, pelos que perderam a vida em combate e de encontro com os antigos camaradas que serviram no Ultramar. Os combatentes vagueavam pelo jardim procurando antigos companheiros de armas. Alguns, mais lestos, levaram tabuletas anunciando a companhia a que pertenciam e onde lutaram, outros preferiam estampar na roupa a mesma informação.

O importante era encontrar os camaradas, trocar cumprimentos e histórias. Reviver um tempo difícil, mas também de muita amizade, que nem o tempo conseguiu apagar.
Ainda antes do início das cerimónias, o Presidente da República, Cavaco Silva, passou pelo memorial para depositar a sua coroa de flores, partindo dali para as comemorações do Dia de Portugal.

Ficaram os combatentes e o sentido do dever cumprido pela pátria, com grandes louvores a Portugal, Camões e aos «heróis das guerras em África».
«É a celebração de Portugal e uma homenagem aos portugueses que serviram a sua pátria, que se mantém, seja qual for o governo, regime ou guerra», lembrou o tenente-general Vizela Cardoso. «Queremos que saibam que o vosso sacrifício não foi inútil nem inglório. Temos o dever de não esquecer os combatentes», acrescentou.

A cerimónia teve o seu momento mais emotivo após a missa campal. Cantou-se o hino, cumpriu--se um minuto de silêncio e as diversas associações militares depuseram coroas de flores no memorial. Os antigos tropas marcharam frente às inscrições com os nomes dos camaradas que perderam a vida em combate: primeiro os Comandos, depois os Fuzileiros. Seguiram-se os Paraquedistas e Operações Especiais.
A celebração dos antigos militares terminou com um momento mais privado, para as famílias e os amigos homenagearem os seus que ficaram em África. (A Bola)

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