2 de junho de 2012

Governo propõe reduzir espaço aéreo exclusivo da Defesa

O “Sol”, na sua edição de hoje, revela que o Governo tem em mãos um plano para aumentar a capacidade do aeroporto da Portela. “O Governo está preocupado com a vida útil da Portela e é preciso arranjar uma solução global para aumentar o espaço aéreo”, disse fonte governamental.

Em cima da mesa está a possibilidade de se estabelecerem horas durante o dia em que a Defesa permite a passagem de aviões comerciais na sua zona restrita. A base aérea que intrefere mais nas rotas comerciais é a de Monte Real.

Fonte oficial da Força Aérea, contactada pelo “Sol”, referiu ainda não ter falado com o Governo sobre este assunto, desconhecendo qualquer plano para encerrar qualquer base militar.

O “Sol” refere ainda que o Executivo quer ver esta situação resolvida antes da venda da ANA e da TAP.

Já ontem, o “Público” dava conta que o Grupo de trabalho criado para estudar a solução complementar ao aeroporto da Portela pediu uma prorrogação do prazo para analisar melhor as alternativas e o Executivo aceitou.

Quando a comissão que está a avaliar os cenários de adaptação de um aeroporto militar à aviação civil foi criada, em Janeiro, foram concedidos 90 dias para que terminasse este trabalho. A entrega do estudo da solução Portela+1, que servirá de complemento ao aeroporto de Lisboa, acabou por ser adiada para Maio e, agora, voltou a ser prorrogada.

De acordo com fonte oficial do Ministério da Economia, o grupo de trabalho pediu um novo adiamento dos prazos. Questionada pelo Público, a tutela não esclareceu qual o intervalo de tempo solicitado desta vez.

Esta decisão prendeu-se com o facto de a comissão ter decidido consultar mais entidades sobre este tema, nomeadamente o Instituto da Conservação da Natureza, e também com o “número elevado dos pedidos de audiência recebidos”, referiu fonte oficial do Ministério da Economia.

O grupo de trabalho está a analisar cinco alternativas possíveis: Montijo, Alverca, Sintra, Monte Real e Beja. Estas duas últimas são as menos prováveis, sobretudo pela distância face a Lisboa. De entre as três primeiras opções, o Montijo tem sido referido como a plausível.

A solução Portela+1 foi recuperada pelo actual Executivo, depois de este ter decidido suspender a construção do novo aeroporto de Lisboa, no Campo de Tiro de Alcochete. Alguns especialistas defendem que a melhor alternativa seria começar a construir gradualmente nesta localização, mas a troika impôs ao Governo que aproveite uma infra-estrutura já existente. (JN)

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