15 de agosto de 2012

Estado-Maior do Exército prevê redução anual de efectivos

O Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Pina Monteiro, afirmou hoje que as reformas estruturais previstas passam pela redução de efectivos no regime de Voluntariado e Contrato e também nos Quadros Permanentes.

Na cerimónia de comemoração do Dia da Arma de Infantaria e 125º Aniversário da Escola Prática de Infantaria, que decorreu hoje em Mafra, o chefe de Estado-Maior do Exército adiantou que a estratégia a aplicar para fazer face à conjuntura económica actual passa por uma «redução significativa do número de cidadãos necessários para garantir a manutenção do efectivo do Exército».

«Os efectivos do Exército, na sua dimensão e qualidade, são o factor fundamental para que seja possível o cabal cumprimento da sua missão. No que respeita aos efectivos, em Regime de Voluntariado e Contrato, encontram-se estabilizados e estima-se anualmente uma redução significativa do número de cidadãos necessários para garantir a manutenção do efectivo do Exército».

Em declarações à agência Lusa, o CEME esclareceu ainda que «há hoje uma maior retenção dos militares em voluntariado e contrato» e que «o tempo de permanência nas fileiras é maior, o que leva a uma menor necessidade de incorporação de pessoal para manter esse efectivo que está autorizado, que são 12399».

No que respeita aos Quadros Permanentes, «em nome da racionalidade e da normalização de carreiras», o CEME afirmou, no seu discurso, a «tendência para a sua redução, através da limitação de ingressos na Academia Militar e na Escola de Sargentos do Exército».

Estas são medidas que o Exército vai incluir na sua visão estratégica para «rever modelos, estruturas, orgânicas e processos quando se verifique que daí resultam mais eficiência e economia de recursos».

«Não estamos alheios nem imunes à situação que o país vive e o Exército vai dar o seu contributo para cumprir a sua missão melhor e com menos meios e isto reflecte-se em todos os planos da estratégia militar, seja ao nível estrutural, dos recursos, seja da forma de fazer as coisas», sustentou.

Sobre a promoção de militares das Forças Armas, firmada em despacho há cerca de um mês pelo ministro das Finanças e da Defesa, o chefe de Estado-Maior do Exército adiantou que já foram promovidos, neste ramo, cerca de 200 sargentos, 200 praças e apenas 73 oficiais, sublinhando, contudo, que «as promoções estão perfeitamente definidas» e que até ao final do ano será executado o plano proposto. Lusa/SOL

Sem comentários:

Enviar um comentário

Mensagens consideradas difamatórias ou que não se coadunem com os objectivos do blogue Defesa Nacional serão removidas.