30 de novembro de 2012

Problemas técnicos adiam entrada em funcionamento do radar de defesa aérea da Madeira


O chefe do Estado-Maior da Força Aérea afirmou hoje que problemas técnicos e de construção civil adiaram a entrada em funcionamento do radar de defesa aérea, instalado no Pico do Areeiro, na Madeira, prevista para outubro último.

"Nós temos que ligar um sinal daqui para o continente e surgiram alguns problemas de carácter técnico. Estamos a fazer tudo o que podemos para os resolver, em colaboração com o fabricante, com o Estado-Maior General, com o Ministério da Defesa, mas, efectivamente, ainda não temos uma resposta concreta para dizer em que data é que vai acontecer", disse o general José Pinheiro, no Porto Santo, onde hoje presidiu à cerimónia comemorativa do terceiro aniversário do aeródromo de manobra n.º3.

Segundo o general, a esta situação há a somar "problemas na infraestrutura", resultado do mau tempo sentido na região.

"Estão em causa problemas de carácter técnico e, neste momento também, problemas de caráter de construção civil, de alguns danos que a infraestrutura sofreu", explicou.

A defesa do espaço aéreo português, da responsabilidade da Força Aérea Portuguesa, é atualmente constituída por três estações radares no terreno localizados no Continente - Paços de Ferreira, Montejunto e Foia (Algarve).

A infraestrutura da Madeira, designada no futuro por estação radar n.º 4, onde já trabalham 14 militares, tem um raio de cobertura de cerca de 250 milhas náuticas, aproximadamente 400 quilómetros.

Segundo a Força Aérea, "este tipo de equipamento são os olhos que permitem a realização das missões de defesa aérea no espaço de cobertura do radar".

O chefe do Estado-Maior da Força Aérea adiantou que gostaria que no próximo ano o radar estivesse operacional, garantindo que não é por falta de verbas que os problemas não são resolvidos.

"O problema técnico está a ser mais difícil do que gostaríamos. (...) Não é uma questão de dinheiro, é, neste momento, uma questão técnica. Foram adquiridos mais uns equipamentos que esperamos que agora vão resolver o problema", afiançou, esclarecendo que se têm realizado testes, mas ainda não foi atingida a fiabilidade desejada.

Questionado se com a entrada em funcionamento do radar se mantém o destacamento para o Porto de Santo de duas aeronaves F-16, o general respondeu: "Quando entrar em funcionamento, veremos em que condições é que teremos de cumprir a missão".

"Neste momento, o aeroporto de Porto Santo tem limitações e os F-16 não podem operar a partir do aeroporto do Porto Santo. Enquanto o aeroporto mantiver as limitações, nós garantiremos a soberania do espaço aéreo nacional com as condições que temos e a partir do continente, dos Açores, da Madeira se for necessário mas terá que ser a partir do Funchal se for entendido que seja critico, mas aqui do Porto Santo enquanto houver as limitações que temos na pista não podemos operar com aviões de caça",acrescentou. (DN.M)

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