O Conselho Superior de Defesa Nacional reúne-se hoje pelas 18:00 no Palácio de Belém, num encontro que será presidido pelo chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, que é também o comandante supremo das Forças Armadas.
Durante o debate parlamentar, a 8 de março, o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, sublinhou que o novo Conceito Estratégico constitui "uma visão para a próxima década", respondendo a novos desafios que "obrigam a uma capacidade de resposta diferente das Forças Armadas".
Aguiar-Branco notou ainda que se trata do documento "mais importante da política de Defesa nacional, a partir do qual todos emanam".
"O novo ambiente de segurança, as novas condições financeiras e as exigências das alianças obrigam a uma capacidade de resposta diferente das Forças Armadas", afirmou então.
Contudo, anteriormente, o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) já tinha defendido que a proposta precisava de ser melhorada e resumida e disse estar "cansado" de ouvir falar de racionalização em áreas onde não é possível fazê-lo.
Segundo o ministro da Defesa, a reestruturação das Forças Armadas pretende reduzir os custos em 218 milhões de euros a partir de 2014, podendo ainda ser cortados mais 40 milhões este ano "se necessário".
Cortes que o CEMGFA também já disse que gostaria de não ter que fazer, advertindo que "há uma linha a partir da qual as Forças Armadas deixam de funcionar".
"Isto é, desarticulam-se ou passam a funcionar mal, passar a funcionar mal para quem voa, navega ou usa armas quer dizer morrer, e isso é sagrado, a proteção dos nossos homens", referiu o general Luís Araújo.
Na semana passada, o Presidente da República recebeu em audiência o CEMGFA, mas o encontro apenas foi divulgado no 'site' da Presidência da República após o início da reunião.
O último Conselho Superior de Defesa Nacional realizou-se há apenas mês e meio, a 6 de fevereiro.
Na última reunião, o Conselho deu parecer favorável à proposta do Governo para as Forças Nacionais Destacadas (FND) em 2013, que inclui o envio de sete militares para a missão da União Europeia no Mali.
Lusa
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