O rei Abdullah II bin al-Hussein impôs duas condições directamente ao comandante-geral da guarda, Newton Parreira, num encontro privado em Amã: os cavalos têm de ser de raça lusitana e a formação dos futuros membros do regimento tem de ser feita pela GNR.
O desejo do Rei, casado com a rainha Rania Al Abdullah, um ícone mundial do jet set, está agora a começar a concretizar-se e implica um investimento significativo na economia portuguesa. No mínimo, cerca de um milhão de euros é a estimativa feita para a aquisição de cerca de 300 cavalos, o seu treino, a formação dos militares, a compra dos veículos de transporte e todo o equipamento necessário à criação de raiz de uma unidade de cavalaria.
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, considerou de "grande interesse para a GNR e para o País" este projecto, segundo garantiu ao DN fonte oficial. Tudo está a ser planeado em estreita colaboração com o ministério dos Negócios Estrangeiros, no âmbito da política de diplomacia económica, protagonizada pelo ministro Paulo Portas.
No encontro com Newton Parreira, o Rei Abdullah expressou a sua necessidade de reforçar as capacidades da Gendarmerie jordana. Esta é uma força, idêntica à GNR, recentemente criada, muito bem equipada e treinada, responsável, entre outras missões, pela manutenção da ordem pública, pela luta antiterrorista, pela segurança de grandes eventos, pela segurança das embaixadas e do corpo diplomático acreditado em Amã, pela segurança dos órgãos de soberania e outras instalações críticas, pela segurança nos campos de refugiados e pela segurança de altas entidades, quer nacionais quer outras em visita ao País.
Desde Setembro que se têm deslocado a Portugal oficiais jordanos e à Jordânia oficiais da GNR para executarem o plano. Numa primeira fase vão ser comprados os cavalos em Portugal, a seguir será formados, no nosso país, os formadores jordanos e depois será realizada na Jordânia a formação de guardas de cavalaria pela GNR.
Numa fase inicial, a Gendarmerie Jordana ficará apta a desenvolver missões de patrulhamento e de manutenção da ordem pública, constituindo, ainda, um dos objectivos possíveis, a futura utilização da unidade de cavalaria em serviços de honras de estado, como acontece em Portugal.
Paralelamente, encontra-se em curso um plano mais abrangente de cooperação, envolvendo as diferentes áreas policiais, com especial incidência para as operações especiais, a ordem pública, a inactivação de engenhos explosivos e as missões internacionais. (DN)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Mensagens consideradas difamatórias ou que não se coadunem com os objectivos do blogue Defesa Nacional serão removidas.