25 de junho de 2013

FRAGATA PORTUGUESA RECEBE ALTOS REPRESENTANTES DO GOVERNO FEDERAL DA SOMÁLIA

Uma delegação ministerial do Governo Federal da Somália e outra com chefes de missão da União Europeia (UE) visitaram hoje, 2ª feira, a Fragata Álvares Cabral, actual navio-almirante da Força Naval da União Europeia dedicada ao combate à pirataria ao largo da Costa da Somália.

A navegar ao largo da cidade de Mogadíscio, em companhia com outros dois navios desta Força Naval, o navio-almirante recebeu pela primeira vez desde o início da Operação Atalanta, em 2008, membros do Governo Somali e altos representantes da Marinha da Somália, assim como o Enviado Especial da União Europeia para a Somália, Embaixador Michele Cervone, o Chefe da Missão da União Europeia de Reforço das Capacidades Navais Regionais no Corno de África (EUCAP NESTOR), Almirante Jacques Launay e o Comandante da Operação Atalanta, Contra-Almirante Bob Tarrant.

As delegações, recebidas a bordo pelo Comandante da Força, Comodoro Jorge Novo Palma e pelo Comandante do navio, Capitão-de-mar-e-guerra Nuno Sobral Domingues, estiveram reunidas com o objectivo de estreitar as relações de parceria entre a UE e o Governo Federal da Somália, na reconstrução e reforma da governação, principalmente no que toca à edificação da capacidade para a protecção e utilização dos recursos do mar e da implementação da estratégia marítima, recentemente aprovada.

No decorrer da visita, as autoridades somalis tiveram a oportunidade de conhecer a forma como se desenvolvem as operações de vigilância e segurança marítima na área do Oceano Índico, tendo ainda sido debatidas possíveis iniciativas conjuntas capazes de serem implementadas nas várias missões da UE para a Somália, tendo em vista o melhor emprego dos esforços no apoio ao seu desenvolvimento.

Esta iniciativa inédita, que decorreu a bordo do navio-almirante português, integra-se no compromisso assumido pela UE nesta região, no combate à pirataria ao largo da costa da Somália e no apoio e aconselhamento para a criação de condições desse país visando o pleno exercício de soberania e jurisdição sobre os seus espaços marítimos.

A reunião realizou-se sob condições meteorológicas adversas, tendo a segurança sido garantida à custa das capacidades orgânicas das fragatas presentes, respectivamente das Marinhas de Portugal, da Alemanha e da Espanha, cujos helicópteros asseguraram o transporte e a protecção das delegações num ambiente de grande fragilidade que se pretende ver regressar à normalidade, mais de vinte anos após o início do conflito.

Força Naval da UE, de que o comando embarcado é assegurado por Portugal desde 6 de Abril, por quatro meses é, neste momento, constituída por seis navios - de Portugal, Espanha, França, Itália, Suécia e Alemanha -, por dois destacamentos com aeronaves de patrulha marítima - de Espanha e do Luxemburgo - e por um destacamento autónomo de protecção de navios, finlandês, embarcado num navio do Programa Alimentar Mundial. A Fragata Álvares Cabral tem uma guarnição de 188 militares portugueses, dos quais 21 são femininos, aos quais se juntam, enquanto navio-almirante, o Comandante da EU NAVFOR e o seu Estado-Maior multinacional, constituído por 22 militares portugueses e de mais 9 países da UE, assim como oficiais das Marinhas do Djibouti, do Brasil e de Moçambique, num total de 213 militares a bordo.(Emgfa)

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