3 de julho de 2013

Livro de jornalista madeirense conta 35 anos de esquadra de salvamento da Força Aérea

"Para que outros vivam" é o título do livro da jornalista madeirense Cristina Costa e Silva que será apresentado na quinta-feira no Museu do Ar, em Sintra, assinalando os 35 anos do Esquadra 751 da Força Aérea.

"Este novo livro surge de um desafio que me foi feito quase em brincadeira pelo comandante da esquadra durante uma visita ao Montijo", disse a autora à agência Lusa.

Cristina Costa e Silva adiantou que o título do livro é o lema da Esquadra 751, que na "Força Aérea tem por principal missão a busca e salvamento terrestre ou marítimo".

"É a esquadra que vai mais longe com os helicópteros Merlin, vai buscar algumas vezes em situações de limite de operacionalidade pessoas em apuros e seguem o lema 'Para que outros vivam'", acrescentou.

Sobre o conteúdo do livro, a jornalista apontou que é composto por 35 histórias, cada uma contada entre duas a cinco páginas, que foram escolhidas pela esquadra.

Segundo a autora, este "não é um livro institucional" e a maioria das histórias contadas passou-se "nas ilhas, especialmente nos Açores, porque é onde a esquadra tem mais acção e trabalho", referindo que é neste arquipélago que ocorrem também "muitos acidentes com pesqueiros, porque o mar é traiçoeiro".

Cristina Costa e Silva mencionou, como exemplos, que uma das histórias está relacionada com um naufrágio no sul da Inglaterra e outra é sobre um salvamento no dia de Natal de 22 náufragos a uma milha de Viana do Castelo.

"Há histórias muito bonitas", disse, referindo também o caso de um salvamento de três passageiros de um iate entre a Madeira e as Canárias, um casal e uma criança de quatro anos.

A jornalista destacou como uma das suas preferidas a de um golfinho-asa: "Ele estava atolado no Sado e o helicóptero transportou-o perante o espanto dos pescadores ao verem um golfinho a voar".

Cristina Costa e Silva realçou que "todas as histórias acabam bem" e que até há relatos "com finais engraçados", como os nascimentos no ar. "Há uma história de uma grávida nos Açores que deu à luz gémeas no ar. Uma das meninas é natural da Graciosa e outra nasceu na Terceira", apontou.

A autora contou que neste tipo de situações se tornou 'moda' na Força Aérea "perguntar à mãe das crianças que nascem em pleno voo que naturalidade querem que as crianças tenham: da ilha onde saiu, do local onde vai chegar ou das coordenadas geográficas onde nasceu".

A jornalista afirmou que "a grande parte maioria das mães escolhe as coordenadas, o que faz com que as crianças tenham como naturalidade 36 graus Norte, 14 ou 15 Oeste".

A primeira edição do livro tem precisamente 751 exemplares.

Cristina Costa e Silva é jornalista do Jornal da Madeira e já publicou em 2008 um outro livro baseado no presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, intitulado "Madeira-Jardim há 30 anos".

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