20 de julho de 2013

Museu de Marinha é o segundo mais visitado do país e festeja 150 anos

O Museu de Marinha, em Lisboa, que festeja na segunda-feira 150 anos, é o segundo mais visitado do país, e “está num processo de ampliação do acervo”, disse à Lusa o responsável pelo serviço de comunicação da instituição.

O tenente Gonçalves Neves explicou que a ampliação diária do acervo do Museu, fundado a 22 de Julho de 1863 pelo rei D. Luís, se deve aos "importantes acervos de particulares” que tem recebido, e que “dinamizam as exposições temporárias".

Questionado pela Lusa quanto à anunciada ampliação do espaço do Museu, em 2009, o responsável pelo serviço de comunicação do Museu, Gonçalves Neves, afirmou: “Não há desenvolvimentos para um futuro breve”.

O Museu recebe, anualmente, mais de 145.000 visitantes, sendo o segundo mais visitado do país (depois do Museu dos Coches), o que é justificado pela colecção exposta e por estar instalado "num espaço nobre", no Mosteiro dos Jerónimos, classificado pela Unesco, como património da humanidade.

“A nossa temática - o passado marítimo português -, como a temos exposta, é o principal motivo da procura dos turistas, bem como o facto de o Mosteiro estar classificado”, disse Gonçalves Neves.

O Museu ocupa uma área total de cerca de 50 mil metros quadrados, dedicando 16.050 metros quadrados à exposição permanente. O espólio é constituído por mais de 20.000 peças museológicas, estando expostas apenas seis mil.

“O Museu de Marinha pretende apresentar os mais variados aspectos e relações que nós portugueses tivemos com o mar, ou seja, não apenas a história dos Descobrimentos, não apenas a da marinha de guerra portuguesa, mas das várias marinhas e das várias actividades que fomos tendo ao longo da nossa história - a marinha de pesca, a mercante, as embarcações de recreio, de tráfego fluvial”, explicou o militar.

Para Gonçalves Neves “é importante que esta tradição, este passado, esta herança, sejam apresentados e sirva de motivação para o futuro”.

O Museu inclui um centro de documentação com 14.500 obras, um arquivo de imagem, que reúne, aproximadamente, 120 mil imagens, e um arquivo de desenhos e planos com mais de 1.500 documentos de navios portugueses antigos.

Gonçalves Neves recordou que o Museu foi “inicialmente criado para ser instalado na Escola Naval, salvaguardando os documentos e testemunhos do passado marítimo, e inspirar os cadetes".

O Museu esteve instalado no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa, de 1949 até 1962, ano em que abriu portas na ala poente do Mosteiro dos Jerónimos, junto da qual se construiu o Pavilhão das Galeotas, para albergar as embarcações reais, como o bergantim, mandado construir em 1780, cuja última vez que navegou foi em 1957, por ocasião da visita oficial da Rainha Isabel II de Inglaterra a Portugal.

"Este pavilhão, construído em finais da década de 1950, é o primeiro edifício construído em Portugal de raiz, para albergar colecções museológicas”, salientou o militar.

As celebrações, na segunda-feira, começam às 16:00, com um concerto pela Banda da Armada, dirigida pelo 1.º tenente músico Delmar Gonçalves, na praça do Museu, seguindo-se, às 17:40, uma cerimónia solene, que incluirá a imposição da Medalha Naval de Vasco da Gama ao Museu de Marinha.

Esta medalha, explicou Gonçalves Neves, distingue personalidades e entidades que se tenham evidenciado na salvaguarda da vida humana no mar e que se tenham promovido a Marinha e o passado marítimo português.

Às 18:15, é inaugurada a exposição temporária “Museu de Marinha–150 anos”, que mostra como esta instituição "evoluiu e se adaptou ao longo dos tempos".

O Museu de Marinha, a Biblioteca Central de Marinha, a Academia de Marinha, o Planetário Calouste Gulbenkian, o Aquário Vasco da Gama, a Revista da Armada e a Banda da Armada são órgãos de natureza cultural da Marinha Portuguesa. (Jornal I)

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