2 de agosto de 2013

Campanha publicitária relança escolas de ensino militar

O Ministério da Defesa apresentou hoje uma campanha de promoção dos estabelecimentos militares de ensino que custou cerca de 80 mil euros, descrevendo-os como instituições orientadas para formar líderes.

A campanha, que será lançada na próxima semana na televisão, rádio, imprensa e internet, pretende "dar notoriedade aos estabelecimentos militares de ensino", disse aos jornalistas o ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, que esteve na apresentação que decorreu nos Pupilos do Exército, em Lisboa.

O custo da campanha "não ultrapassa os 80 mil euros", disse Aguiar-Branco, considerando que o montante "é muito insignificante relativamente aos objectivos que dele resultam de maior capacidade de captar alunos e de mostrar à sociedade o traço distintivo em relação a estes estabelecimentos de ensino".

Num dos ‘spots' televisivos que começarão a ser exibidos na próxima semana, diz-se: "Algumas escolas têm ex-alunos mais ou menos famosos que aparecem em revistas, os nossos ex-alunos aparecem nos livros de História. Algumas escolas têm ex-alunos com nome na praça, os nossos alunos são nomes de ruas. Algumas escolas orgulham-se de ter história, nós orgulhamo-nos de fazer História. Estabelecimentos militares de ensino, formamos líderes, continuamos a fazer história".

"Trinta por cento dos candidatos falham os testes de admissão, 40% dos alunos desiste antes de terminar, os que terminam normalmente fazem história. Poetisas, cientistas, ministros, atletas olímpicos e mais reis e chefes de Estado que qualquer outro estabelecimento de ensino em Portugal. Estabelecimentos militares de ensino, formamos líderes, continuamos a fazer história", narra o outro anúncio para televisão.

A campanha foi elogiada por Aguiar-Branco, que considerou que os vídeos faziam "bater forte o coração" e também pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Álvaro Campos Ferreira, que considerou que exalta "o patriotismo".

No final da apresentação, o ministro da Defesa foi questionado sobre se as escolas militares são melhores do que as outras.

"São diferentes e são diferentes porque dão a competência técnica d e excelência mas também investem na formação de valores, associados ao rigor, à disciplina, ao sentido de serviço que são, no nosso entender, um valor acrescentado relativamente ao outro tipo de ensino", respondeu.

Aguiar Branco reiterou várias vezes que "reformar não é destruir", numa referência à reforma destes estabelecimentos de ensino. (SOL/Lusa)

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