9 de agosto de 2013

Corveta "António Enes" vai ser reparada no Arsenal do Alfeite

O Ministério da Defesa Nacional vai gastar 8,1 milhões de euros na reparação da corveta 'António Enes', ao serviço da Marinha há 42 anos, segundo despachado publicado hoje em Diário da República.

Esta intervenção, lê-se no despacho assinado pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e que delega no ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, a competência da sua contratação, é justificada por aquele navio ter de "efectuar uma acção de manutenção, que inclui a realização de uma docagem e de uma revisão intermédia".

"De modo a que, no contexto do acompanhamento de manutenção corretiva de condição, possa manter a sua atividade operacional e as valências inerentes às suas capacidades", lê-se no documento sobre o NRP (Navio da República Portuguesa) "António Enes".

"É uma intervenção já prevista no âmbito do ciclo operacional do navio e que prolongará a sua vida operacional", explicou à Lusa, no início do ano, fonte da Marinha.

Trata-se de uma reparação semelhante à que foi concluída em Janeiro deste ano na corveta João Roby. Esta revisão intermédia, iniciada no Arsenal do Alfeite a 28 de fevereiro de 2012, possibilitou a operacionalidade daquela corveta, com 38 anos de serviço, "pelo menos" até 2016.

Já a corveta "António Enes" entrou ao serviço da Marinha portuguesa a 18 de junho de 1971 e integra a série de seis da classe "João Coutinho", construída sob desenho português da autoria de Rogério Silva Duarte Geral d´Oliveira nos estaleiros Bazan em Cartagena, Espanha.

O dispositivo naval de patrulhamento e socorro opera actualmente com seis corvetas, que já levam cerca de 40 anos de serviço. São navios com 85 metros de comprimento e uma guarnição de cerca de 70 marinheiros que asseguram missões de busca e salvamento, vigilância e fiscalização das águas territoriais e da Zona Económica Exclusiva.

Integra ainda o novo patrulha, de 83 metros de comprimento, totalmente desenhado e construído nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, mas continua abaixo do "mínimo" de oito navios com que a própria Marinha reconhece que deveria operar para "harmonizar" as missões de interesse público que assegura na área do continente e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Entretanto, está em curso nos estaleiros de Viana a conclusão do segundo patrulha - NRP Figueira da Foz -, cuja entrega à Marinha está prevista para o final do ano.

Já a construção dos restantes seis navios e cinco lanchas de fiscalização costeira foi revogada pelo Ministério da Defesa Nacional, tendo em conta os encargos da encomenda quando a empresa estava em processo de reprivatização.

A reparação do navio patrulha "Zaire", ao serviço da Marinha portuguesa desde 1971, também deverá arrancar este ano no Arsenal do Alfeite e deverá custar quase quatro milhões de euros, segundo um despacho do Ministério da Defesa Nacional publicado em Julho.

Com 44 metros de comprimento, o NRP "Zaire" é um dos dez navios patrulhas da classe Cacine construídos nos Estaleiros Navais do Mondego, na Figueira da Foz, e já leva quase 42 anos de serviço.

Diário Digital com Lusa

Sem comentários:

Enviar um comentário

Mensagens consideradas difamatórias ou que não se coadunem com os objectivos do blogue Defesa Nacional serão removidas.