25 de setembro de 2013

Forças Armadas vão continuar a participar em missões internacionais

Apesar dos constrangimentos financeiros, as Forças Armadas portuguesas continuam empenhadas na participação em missões internacionais, como é o caso da operação Frontex em Málaga, Espanha, onde Portugal participa com um avião e 17 militares da força aérea. De visita aquele destacamento, o ministro da Defesa garantiu, esta quarta-feira, que missões como esta - que combatem actividades ilegais, como o terrorismo, imigração ilegal ou tráfico de droga-, são para continuar.

A participar nas missões Frontex da União Europeia desde 2011 a Força Aérea portuguesa está agora em Málaga, no sul de Espanha. A par da Itália, Grécia e Espanha, Portugal integra um contingente que se dedica à vigilância das costas de Marrocos e Argélia, porta de entrada para imigrantes ilegais e droga na Europa.

O ministro Aguiar Branco visitou os militares ali destacados e realçou a importância desta missão, que “tem em vista ir ao encontro das necessidades da defesa das pessoas, da sociedade, de combate a actividades ilícitas e, como vimos aqui, há muitas vezes situações de ilicitude bem mais graves do que a própria imigração ilegal”, como o terrorismo e o narcotráfico.

Portugal está na Frontex a convite da Agência Europeia que paga cada hora de voo. Aguiar Branco assegura que em tempos difíceis é preciso fazer escolhas e esta é certamente uma escolha acertada.

Segundo o ministro, as “dificuldades financeiras obrigam a uma gestão mais cuidadosa, a uma definição melhor das prioridades para cumprirmos a missões de segurança, neste caso dos portugueses”.

As costas de Marrocos e Argélia são utilizadas por redes de imigração ilegal que cobram fortunas para transportar imigrantes, com recurso lanchas de borracha, “jet ski”, e até pequenas aeronaves. A sorte tenta-se todos os dias para fugir à guerra ou à pobreza.

O avião português C-295 está na linha da frente para detectar as embarcações: “A nossa missão como pilotos será basicamente cumprir com as indicações dos controladores estáticos nesta missão específica. Estamos lá à frente e somos os primeiros a visualizar os objectivos e ajudamos também na concretização da identificação do alvo”, explica à Renascença o piloto José Ribeiro.

O aparelho está em alerta permanente na base aérea de Málaga, desde Julho, fazendo e a cobertura de uma área superior à Europa. Já fizeram um total de 55 missões e a detecção de mais de seis mil alvos.(RR)

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