O segundo 'patrulha' construído pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) foi hoje entregue à Marinha, passando a integrar o efectivo daquele ramo das Forças Armadas, disse hoje à Lusa fonte do Ministério da Defesa Nacional.
O NRP (Navio da República Portuguesa) Figueira da Foz é o segundo Navio de Patrulha Oceânica (NPO) da classe "Viana do Castelo" construído naqueles estaleiros, contando já com a respectiva guarnição.
Em cerimónia à porta fechada, que decorreu hoje naqueles estaleiros, na presença do Chefe do Estado-Maior da Armada, Saldanha Lopes, o navio foi formalmente entregue pela empresa à Marinha, através da assinatura do auto de recepção provisória do novo 'patrulha'.
O navio é comandado pelo capitão-tenente Ricardo Manuel Correia Guerreiro e iniciou a 31 de Julho passado as provas de mar, entretanto concluídas com sucesso. Será agora aumentado ao efectivo da Marinha portuguesa, permanecendo até meados de Dezembro em Viana do Castelo, antes da saída para a primeira missão oficial.
À semelhança do NRP Viana do Castelo - o primeiro da classe, entregue em Abril de 2011 -, a guarnição deste segundo 'patrulha' é composta por um capitão-tenente (comandante), quatro oficiais subalternos, oito sargentos e 25 praças.
Este primeiro par custou mais de 100 milhões de euros e foi lançado à água em Outubro de 2005, na doca da empresa.
No caso do NRP Figueira da Foz, a sua construção chegou a estar parada durante mais de um ano, até final de 2012, face às dificuldades financeiras da empresa e ao processo, que estava em curso, de reprivatização dos ENVC.
O navio integrava uma encomenda inicial de oito NPO feita em 2004 pelo Ministério da Defesa - na altura liderado por Paulo Portas - aos ENVC, para substituir a frota de corvetas, com 40 anos de serviço.
A construção dos restantes seria revogada já pelo actual Governo, através de uma resolução que em 2012 anulou a encomenda aos estaleiros de Viana dos outros seis NPO e das cinco Lanchas de Fiscalização Costeira (LFC), negócio avaliado em 400 milhões de euros.
Com desenho próprio dos estaleiros, estes navios têm 83 metros de comprimento, capacidade para receber até 67 pessoas e podem transportar um helicóptero Lynx.
Concebidos como navios militares não combatentes, podem ser utilizados para fiscalização, protecção e controlo das actividades económicas, científicas e culturais ligadas ao mar.(D.E)
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