A privatização da ETI, uma das empresas tecnológicas da holding pública das indústrias de Defesa Empordef, vai avançar até ao início de 2014, confirmou hoje à Lusa fonte oficial do Ministério da Defesa Nacional (MDN).
Segundo documentos consultados hoje pela Lusa, já foram celebrados em Setembro, pela administração da Empordef, contratos de assessoria jurídica e financeira para a "operação de privatização da Empordef Tecnologias de Informação (ETI)", lê-se na descrição destes.
A execução dos dois contratos é de oito meses e a assessoria financeira prevê, nomeadamente, a fase de "avaliação", que consiste na "determinação do valor de referência para privatização da totalidade do capital da ETI".
Contactada pela agência Lusa, fonte do MDN - que tutela a Empordef - admitiu o objectivo de ter este processo concluído até ao início de 2014, por "negociação particular ou concurso público".
"Não está ainda definido o caderno de encargos final do concurso público, no entanto deverá ser privilegiada a alienação imediata da totalidade do capital social da ETI ou, não sendo possível, deverão ser considerados mecanismos que garantam que este objectivo possa ser alcançado no mais curto período de tempo", sublinhou a mesma fonte.
Segundo o último relatório e contas da empresa, consultado pela Lusa, a ETI tinha em 2012 cerca de 25 trabalhadores, sendo uma empresa tecnológica especializada na investigação, no desenvolvimento e no fornecimento de produtos e software nas áreas de simulação, treino, sistemas de teste e suporte à manutenção.
A Empresa Portuguesa de Defesa (Empordef) é detentora de 100% do capital social da ETI, correspondente a 20.000 acções, cada uma avaliada em cinco euros.
A privatização desta empresa já estava prevista anteriormente, nomeadamente no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) 2010-2013.
A ETI actua nos mercados da Defesa Nacional e Internacional, sendo descrita como "a empresa de referência no fornecimento de soluções e serviços de simulação" para a Força Aérea Portuguesa.
O volume de negócios desta empresa, constituída em 1992, cresceu 1,7% em 2012, comparativamente a 2011, para mais de 1,9 milhões de euros. Fechou o exercício do ano passado com um saldo positivo superior a 317 mil euros.
Da facturação total, apenas 159.339 euros corresponderam a serviços nacionais (militar e privado), enquanto o essencial deste montante, em serviços relacionados com o treino e simulação, envolveu os sectores militar e privado internacional, segundo o mesmo relatório e contas. (RTP)
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