12 de fevereiro de 2014

Aumento de polícias e militares na segurança privada

É um fenómeno cada vez mais frequente. Está a crescer o número de polícias e também militares que paralelamente se dedicam à segurança privada e ao trabalho de guarda-costas.

A Associação Nacional dos Agentes de Segurança Privada nota que «tem havido um aumento de trabalhos desenvolvidos por elementos oriundos dos serviços e forças de segurança pública».

Apesar de perceber a situação de «cortes nos salários» e a «procura de complementos» por parte dos polícias e militares, o presidente da associação, Ricardo Vieira, considera que a situação é de concorrência desleal, mas dificilmente controlável.

«A pessoa pode aparecer como consultor, como conselheiro, como amigo e nunca como profissional de bodyguard. Portanto, a fiscalização a esse tipo de actividade é quase impossível e acredito que haja também alguma compreensão e fechar de olhos a essas situações», acrescenta.

Do lado dos sindicatos da PSP, o Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) reconhece que há polícias que se dedicam a essa e a outras funções.

Armando Ferreira, presidente do sindicato, sublinha que os agentes que se dediquem à segurança privada estão certamente a cometer uma ilegalidade porque para isso precisam de uma autorização que a PSP não concede.

«Tecnicamente é ilegal em todas as áreas em que não tenha sido solicitada a autorização à polícia. Na área de segurança, a Direcção Nacional da Polícia nunca vai autorizar isso», garante.

Armando Ferreira adianta ainda que «há muitos polícias a entrar em licença sem vencimento, quer para desempenharem outras profissões dentro do país, quer para desempenhar profissões de segurança fora do país», nomeadamente em Moçambique e Angola. (TS F)

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