Nascido na Guarda a 1 de Março de 1952 (61 anos), Pina Monteiro entrou para a Academia Militar em 1970, tendo concluído, quatro anos depois, o curso de Ciências Militares, Arma de Infantaria.
No ano da Revolução de Abril rumou a Leiria à Escola Prática de Infantaria onde esteve até 1985. Pelo meio (em 1978/79), o à época capitão Pina Monteiro esteve no Regimento de Infantaria de Ponta Delgada.
Chega aos corredores do poder no final dos anos 80 do século passado. Pina Monteiro, então major, foi ajudante de campo dos general Firmino Miguel, comandante do Exército entre 1987 e 1991. Haveria de voltar ao gabinete do chefe de Estado-Maior do Exército (CEME), em 1998 como adjunto, e em 2003 como chefe de gabinete do general Valença Pinto.
Dois louvores do MDN no mesmo ano
Pelo meio, entre janeiro de 1994 e outubro de 1995 foi adjunto para as relações externas de dois ministros da Defesa, os sociais-democratas Fernando Nogueira e Figueiredo Lopes. De saída do Governo, ambos acabariam por louvar a "extraordinária dedicação e competência" do então tenente-coronel Pina Monteiro.
"Militar íntegro, discreto e de grande capacidade de trabalho, apesar de em acumulação com a docência no Instituto de Altos Estudos Militares, o tenente-coronel Pina Monteiro afirmou-se como um excelente colaborador do Ministro da Defesa Nacional, nomeadamente nas diversas reuniões de âmbito internacional que tiveram lugar, assim como nos inúmeros encontros bilateriais, onde se revelaram uma vez mais as suas qualidades de inteligência, argúcia e esclarecimento, em muito contribuindo para o prestígio externo dos organismos da defesa nacional", escreveu Figueiredo Lopes que substituiu Fernando Nogueira quando este assumiu a liderança do PSD, pouco tempo antes dos socialistas, liderados por António Guterres, voltarem ao poder nas legislativas de 1995.
"Auspiciosa carreira"
Em 1997, Pina Monteiro troca as salas de aula do Instituto de Altos Estudos Militares, onde ensinava tática e estratégia, pelo comando do segundo batalhão de infantaria da brigada mecanizada independente, a força nacional destacada na Bósnia-Herezegovina, que há de trocar, em 1999, por três anos na Nato, em Bruxelas.
O trabalho realizado na capital da Bélgica foi louvado pelo então chefe de Estado-Maior, o almirante Mendes Cabeçadas, que viu no coronel Pina Monteiro um oficial de "clara inteligência (...) a quem se augura o prosseguimento de uma auspiciosa carreira".
Quatro anos depois de voltar Portugal, em Dezembro de 2006, regressa aos corredores do poder, novamente pelas mãos do general Valença Pinto, novamente na condição de chefe de gabinete, do agora chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
Será sol de pouca dura já que cinco meses depois, em maio de 2007, assume durante dois anos o comando operacional das forças terrestres, em tempo de paz, o principal comando da estrutura operacional do Exército. Regressa a Bruxelas em Dezembro de 2009 para ocupar o cargo de chefe da missão militar permanente na Nato e na União Europeia.
Ainda que breve, a passagem pelo Estado-Maior valeu-lhe um louvor no qual Valença Pinto exalta a "excelente visão prospetiva" de Pina Monteiro, bem como as suas "qualidades de liderança que, associadas a um trato fácil, permitiram a concretização com sucesso de todas as iniciativas e objectivos estabelecidos".
"Chamado a acompanhar questões melindrosas, em especial das áreas de pessoal e organização, sempre se mostrou atento aos movimentos e interesses e ao ambiente interno e externo, mantendo uma coordenação muito estreita com elementos essenciais, reagindo com celeridade, procurando e conseguindo actuar em antecipação e acompanhar muito de perto todos os detalhes da evolução dos mesmos, opinando de forma clarividente, chamando à atenção para as eventuais consequências demonstrando grande assertividade", escreveu ainda o general Valença Pinto.
Diálogo fácil
Questões melindrosas, precisamente com o pessoal e a organização, não hão de faltar ao homem que esta sexta-feira assume a chefia das Forças Armadas, deixando para trás o comando do Exército que onde estava desde Dezembro de 2011.
Na última entrevista concedida nessa qualidade, em maio do ano passado ao semanário "Sol", Pina Monteiro disse que "o diálogo com o Governo é sempre fácil. A solução dos problemas é que pode ser difícil e ter de obrigar a mais diálogo".
O diálogo segue dentro de momentos, novamente com um social-democrata como ministro da Defesa, numa altura em que a Associação dos Oficiais das Forças Armadas convocou para 22 de Fevereiro um encontro nacional em que "farão uma reflexão colectiva" sobre o que poderão os militares fazer para alterar o rumo do país. (Expresso)
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/perito-em-questoes-melindrosas-na-chefia-das-forcas-armadas=f854593#ixzz2scxy90II
Questões melindrosas, precisamente com o pessoal e a organização, não hão de faltar ao homem que esta sexta-feira assume a chefia das Forças Armadas, deixando para trás o comando do Exército que onde estava desde Dezembro de 2011.
Na última entrevista concedida nessa qualidade, em maio do ano passado ao semanário "Sol", Pina Monteiro disse que "o diálogo com o Governo é sempre fácil. A solução dos problemas é que pode ser difícil e ter de obrigar a mais diálogo".
O diálogo segue dentro de momentos, novamente com um social-democrata como ministro da Defesa, numa altura em que a Associação dos Oficiais das Forças Armadas convocou para 22 de Fevereiro um encontro nacional em que "farão uma reflexão colectiva" sobre o que poderão os militares fazer para alterar o rumo do país. (Expresso)
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