O Ministro da Defesa Nacional de Portugal, José Pedro Aguiar-Branco e o Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa e Segurança de Timor-Leste, Xanana Gusmão, assinaram hoje um novo Programa-quadro para 2014-2016, dando assim continuidade à relação que entre os dois desde 2002, em matéria de Cooperação Técnico-Militar.
“O programa que assinamos hoje é a continuação de uma cooperação que tem como activo estratégico mais importante o reforço da confiança e da cooperação humana”, referiu o Ministro da Defesa português, durante uma conferência de imprensa, no Forte de S. Julião da Barra, em Oeiras, após a assinatura do documento.
Para José Pedro Aguiar-Branco, uma das componentes fortes do protocolo, agora assinado, é o “incremento da língua portuguesa”, para que as “as actividades de formação sejam também mais proveitosas e com resultados mais fortes para Timor-Leste”. O Ministro da Defesa Nacional português destacou ainda, no documento, a prioridade atribuída à componente naval e o apoio de Portugal a Timor-Leste no “desenvolvimento de uma estratégia de segurança e vigilância marítimas”.
O Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa e Segurança de Timor-Leste, por sua vez, relembrou e agradeceu o apoio “que Portugal tão generosamente e solidariamente tem dado”, na formação de “umas forças armadas profissionais com valor e com capacidade”.
Xanana Gusmão referiu também que, para além da assinatura do novo Programa-quadro, foi ainda discutida a possibilidade de alargamento da Cooperação Técnico-Militar com vista a uma melhor preparação para “os futuros desafios do mundo globalizado”.
“Apesar de estarmos [geograficamente] afastados, a distância nunca impediu que os dois estados se entendessem e por isso fico muito agradecido da boa vontade porque no futuro os laços sairão cada vez mais reforçados”, afirmou o Ministro timorense.
O ensino, a língua e o mar são os três pilares do acordo hoje assinado, que prevê "expandir o universo de formandos timorenses em Portugal" através da criação de um programa de ensino militar específico.
Através do protocolo, o Governo português compromete-se ainda a apoiar várias instituições de ensino e formação militar em Portugal, através da capacitação do Instituto de Defesa Nacional. No que diz respeito à componente naval, prevê-se uma forte contribuição para a edificação da capacidade naval de Timor-Leste e do seu Sistema de Autoridade Marítima. ( Notícia e Créditos Fotográficos: Defesa.Pt)
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