"A corveta actual será substituída por outra, em Agosto, e posteriormente, em Outubro, até porque se aproxima o inverno, altura mais adequada, vamos contar com essa nova unidade naval na região", declarou o capitão-de-mar-e-guerra Coelho Cândido, que foi hoje empossado como comandante da ZMA.
Os navios patrulha oceânicos irão substituir as corvetas da Marinha, que já têm, em média, cerca de 40 anos.
Estes navios são considerados uma mais-valia porque possuem uma grande autonomia e podem ser utilizados como sondas cirúrgicas.
Coelho Cândido, em declarações aos jornalistas à margem da sua tomada de posse, reconheceu que os meios existentes "serão sempre poucos, dada a vastidão do espaço marítimo".
"Mas nós temos de optimizar e racionalizar aquilo que é posto à nossa disposição. E é nesse sentido que o comandante da ZMA tem de trabalhar, recebendo os meios afectos aos Açores e utilizá-los da melhor forma para protecção dos espaços marítimos e segurança das populações", declarou.
Coelho Cândido, que já realizou duas missões nos Açores, na década de 1990, referiu que, "sempre que puder" fará chegar o seu "sentimento em relação à necessidade de a região dispor de mais meios, salvaguardando, contudo, que tendo em consideração a conjuntura, não se trata de uma missão fácil.
O novo comandante da ZMA, comentando as alterações na orgânica do Governo dos Açores anunciadas no domingo, que incluem a criação da Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, afirmou: "Se o executivo entendeu que esta é uma boa solução, com certeza que será positiva também para acudir-nos".
No âmbito da sua tomada de posse, o novo comandante da ZMA destacou que o interesse estratégico do mar "não é mera retórica" nos Açores, dada a dimensão do seu espaço marítimo e a sua descontinuidade territorial.
Coelho Cândido, que também acumula as funções de chefe do Departamento Marítimo dos Açores e comandante da Polícia Marítima dos Açores, frisou que este é um "desafio acentuado".
Coelho Cândido substitui nas funções de comandante da ZMA Pires da Cunha.
A Marinha possui nos Açores um efectivo de cerca de 300 elementos e, entre outras unidades, capitanias de porto em Ponta Delgada, Vila do Porto, Horta, Praia da Vitória, Angra do Heroísmo e Flores, bem como delegações marítimas nas ilhas sem capitania. (NM)
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