No período de 10 a 13 de Novembro decorreu o exercício de ciberdefesa “Ciber Perseu 2014”. Este exercício teve por objectivos testar e validar no Exército procedimentos na área de ciberdefesa e disponibilizar ao país uma estrutura de exercício a que se puderam associar Instituições, Organizações e Empresas que pretenderam aproveitar esta oportunidade para treino interno e cooperativo.
O ciberespaço, sem limitações geográficas, facilita o lançamento de ataques a partir de qualquer local. Estas novas ameaças, devido à sua natureza assimétrica e efeitos potencialmente eruptivos e destrutivos, materializam sérios riscos para a Segurança e Defesa do Estado. Neste âmbito, enquanto que os riscos para a segurança se enquadram no âmbito da cibersegurança, os riscos para a Defesa do Estado enquadram-se no domínio da ciberdefesa, exigindo uma participação activa das Forças Armadas.
Tendo consciência de que a eficácia das acções de defesa do ciberespaço depende, fundamentalmente, da actuação sinérgica e colaborativa da sociedade portuguesa, o Exército decidiu disponibilizar esta oportunidade de treino a um conjunto alargado de entidades que têm um papel relevante na protecção do ciberespaço e que tiveram a possibilidade de participar no exercício na qualidade de “Jogador” ou de “Observador”.
A participação na qualidade de “Jogador”, permitiu às diversas entidades o desenvolvimento do seu plano de treino interno, integrado com o cenário geopolítico criado para o exercício, possibilitando o treino sincronizado de todas as entidades participantes, dando assim um acrescido realismo aos incidentes criados e aos respectivos planos de mitigação expectáveis.
Com o estatuto de “Jogador”, participaram diversas entidades, nomeadamente:Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Compta, Electricidade de Portugal (EDP), Edisoft, EID,Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Força Aérea, Guarda Nacional Republicana, Instituto Politécnico de Beja, Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC), Marinha, NOS, Polícia Judiciária, Portugal Telecom,Redes Energéticas Nacionais (REN), Rede Ferroviária Nacional (REFER), Universidade do Minho, Unisys, TEKEVER, Vieira de Almeida Associados e a Vodafone. Com o estatuto de “Observador” participaram 19 entidades.
O último dia do exercício contou com a presença de Sua Excelência o Ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, que ressalvou a importância da cibersegurança e da ciberdefesa no mundo actual, bem como a necessidade de se ter quadros preparados para responder a este tipo de ameaças. (Exército)
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