O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar Branco, desloca-se hoje à Lituânia para visitar a força nacional destacada integrada na missão da NATO nos países bálticos, encontrando-se igualmente com o seu homólogo lituano.
A visita, de um dia, começa com uma reunião entre Aguiar Branco e o ministro da Defesa da Lituânia, na capital, Vilnius.
O ministro da Defesa português desloca-se de seguida, de avião, para a Base Aérea de Iauliai (norte da Lituânia, a 210 quilómetros de Vilnius) onde assistirá a uma apresentação da missão e almoçará com a força nacional destacada.
Portugal lidera a missão "Baltic Air Policing" nos últimos quatro meses de 2014, operando a partir da Base Aérea de Iauliai, com um contingente nacional constituído por setenta militares da Força Aérea Portuguesa, seis F16 e o reforço de um avião de patrulhamento marítimo P3.
"Foi reforçado este ano especialmente com o P3, dadas as medidas de tranquilização definidas pela NATO em função da crise Ucrânia/Rússia", explicou aos jornalistas o ministro.
Portugal "voltará a assegurar a missão em 2016, referiu Aguiar Branco, explicando que essa responsabilidade tem cabido às forças nacionais de dois em dois anos desde 2007.
Estas missões de vigilância aérea do Báltico, em que participam também forças do Canadá, da Alemanha (na base de Amari, Estónia) e da Holanda (na base de Malbork, Polónia), destinam-se a assegurar capacidades que os países bálticos não tinham quando aderiram à NATO, afirmou o ministro.
Esta visita ocorre numa altura em que têm sido detectados aviões militares russos no espaço aéreo europeu, incluindo no Báltico e em espaço aéreo sob responsabilidade portuguesa.
"Não devemos ter uma perspectiva de dramatismo da situação. A verdade é que o contexto internacional no último ano alterou-se no que diz respeito à ameaça concreta do leste europeu, e também daquilo que são as evidências do chamado flanco sul, com o designado Estado Islâmico", afirmou Aguiar Branco.
Para o ministro, não é "saudável entrar-se numa lógica de escalada", mas argumentou que "é necessário encontrar formas de resposta mais rápida, quer do ponto de vista operacional, quer do ponto de vista da decisão politica". (N.M)
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