A segurança de voo nos aviões da Força Aérea está perto do seu limite e pode estar comprometida. O alerta é lançado por mais de 90 pilotos numa carta enviada ao chefe militar do ramo.
Confrontados com a falta de medidas do Governo para travar mais uma saída de pilotos para a aviação comercial - só em Outubro foram mais quatro - pedem agora, por escrito, um plano urgente.
A carta dos pilotos já chegou à Força Aérea e não deixa margem para dúvidas: a falta de pilotos qualificados atinge agora proporções nunca vistas.
A condição militar impede-os de dar voz ao descontentamento, mas garantem àRenascença, que a gota de água foi o chumbo da proposta do Chefe de Estado Maior da Força Aérea para resolver o problema. A falta de dinheiro foi, segundo dizem, a razão invocada.
Sem perspectivas de mudança, alguns garantem que a segurança de voo já foi tocada. Outros, mais cautelosos, dizem que esse limite está mais perto e falam em condições de trabalho cada vez piores e desmotivação geral.
O último concurso para pilotos da TAP voltou a fazer mossa nas esquadras já por si desfalcadas. Só para dar o exemplo das 66 vagas para majores pilotos, apenas oito estão preenchidas.
Cem pilotos, actualmente nas 11 esquadras, fazem transporte de doentes, busca e salvamento, resgate de emergência, mas não chegam para as missões previstas.
O problema não é a falta de pilotos, uma vez que a Força Aérea tem admitido candidatos, mas quando acabam o curso ficam à espera de qualificação, por vezes dois anos. Ou seja, há pilotos mas não têm formação suficiente para operarem em algumas aeronaves. Para isso são precisas horas de voo e instrutores.
É urgente, garantem os pilotos na missiva, começar a investir não apenas no recrutamento mas também na retenção dos pilotos, porque na Força Aérea existem muitos alunos e poucos instrutores para os preparar. (RR)
Os COMBATENTES DA GUERRA COLONIAL, já ultrapassaram todos os limites . EXIGIMOS DIGNIDADE na útima batalha da vida, ou seja, a da sobrevivência!
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