A tutela recebeu manifestações de interesse de entidades nacionais e internacionais que têm agora até ao final do mês para formalizar a candidatura. Os 11 interessados só se tornarão efectivamente candidatos quando apresentarem uma proposta, explicou a mesma fonte.
O processo de privatização da ETI foi lançado no final do ano, com os potenciais compradores a ter de manifestar o seu interesse até 8 de Dezembro. O objectivo é que o processo esteja concluído no início de Abril, segundo o calendário definido na altura pela tutela.
Não foram revelados os nomes dos potenciais compradores, mas empresas como a Critical Software ou a Novabase já admitiram que poderiam olhar para o processo.
A privatização da ETI faz parte do plano do Governo de alienar as empresas da Defesa e extinguir a Empordef, ‘holding' que agrega estas entidades. A ‘holding' já está, aliás, em processo de extinção.
A excepção deverá ser o Arsenal do Alfeite que, pela sua especificidade, ainda não tem solução concreta. A Defesa encomendou um estudo a Augusto Mateus, para definir o futuro dos estaleiros da Marinha mas este ainda não está concluído.
No âmbito desta reestruturação das indústrias da Defesa foi criada a IDD, que funciona como a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) deste sector, agregando as empresas e estabelecendo contactos a nível internacional.
A venda da ETI esteve prevista para o início de 2014, mas acabou por ser adiada para o final do ano. Na altura, o ministro da Defesa justificou o atraso com o facto da tutela estar focada em encontrar soluções para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), cujos terrenos foram subconcessionados à Martifer devido a um processo de Bruxelas sobre alegadas ajudas de Estado e que obrigaram ao encerramento da empresa e despedimento de todos os trabalhadores.
Foi, aliás, a subconcessão dos terrenos dos ENVC que levou a tutela a decidir a liquidação da Empordef. Aguiar-Branco defendeu, na altura, que o objectivo da ‘holding' já não fazia sentido e que as participações da Defesa em empresas, como os 35% que detém na OGMA, poderiam ser transferidas para outras tutelas, como o ministério das Finanças, ou directamente a Defesa, sem ser necessário um intermediário.
A conclusão da extinção da Empordef vai acontecer ainda este ano, conforme as empresas da Defesa forem sendo vendidas ou reestruturadas.
Além da ETI, o Governo quer vender a participação na EID (Empresa de Investigação e Desenvolvimento) e internacionalizar a actividade desenvolvida pela Defloc e pela Defaerloc, empresas criadas para servir de intermediárias na compra de equipamento militar. (E)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Mensagens consideradas difamatórias ou que não se coadunem com os objectivos do blogue Defesa Nacional serão removidas.