A Alemanha é o único dos grandes Estados membros a defender solução vista como incompatível com a NATO e que traduz, com a bandeira e a moeda únicas, uma solução federal.
A criação do Exército europeu relançada pelo actual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, tem na Alemanha um dos poucos apoiantes dentro da UE, onde a maioria dos países rejeita enfraquecer a NATO.
Essa opção política implicaria assumir a tese federalista - rejeitada liminarmente por Londres - da integração europeia, que já tem uma bandeira e uma moeda comuns e a que só falta um braço armado único. Mas "não tem pernas para andar. Basta olhar para os orçamentos militares dos países europeus", diz o general Loureiro dos Santos ao DN.
"O Exército europeu não é uma ideia nova, aparece de vez em quando, sobretudo influenciada por uma visão europeísta continental", que "poderia constituir um elemento dissuasor" no caso de um conflito militar tradicional como o da Ucrânia, admite o antigo ministro da Defesa e ex-chefe militar do Exército.
Porém, a ameaça terrorista do chamado Estado Islâmico "não se resolve com um exército militar europeu" mas responde-se "essencialmente através da prevenção dos serviços de informações e, na resposta, pelas unidades especiais das forças de segurança" - com apoio das Forças Armadas "de cada um dos países" às autoridades policiais - como sucede em França ou na Bélgica - e "sem ser necessário o exército europeu", frisa Loureiro dos Santos. (DN)
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