Estamos em Narva, na Estónia, a poucos quilómetros da fronteira russa. Na parada para celebrar os 25 anos da independência do país, dois blindados norte-americanos Stryker desfilam ao lado das forças armadas da Estónia. No desfile participaram também cerca de cem soldados da NATO. Britânicos, holandeses, espanhóis ou ainda das vizinhas Letónia e Lituânia.
A crise ucraniana provocou uma degradação nas relações entre a Rússia e os ocidentais. Moscovo vai fazendo demonstrações de força, com exercícios militares como o feito perto da fronteira ucraniana, em Fevereiro. Nos últimos dias, foram feitos vários com caças-bombardeiros, mais a norte, no mar de Barents. Considerado estratégico por Moscovo, banha a Noruega, país membro da NATO.
Os bombardeiros russos chegaram a aproximar-se do espaço aéreo do Reino Unido. Um Tupolev da Força Aérea Russa teve de ser escoltado por um Typhoon da Royal Air Force. Aconteceu no dia 31 de Outubro.
O artigo 5 do Tratado do Atlântico Norte diz que, no caso de ataque contra qualquer país membro da aliança, todos os 28 membros são obrigados a ir em defesa.
Esta guerra fria, versão século XXI começa a preocupar também os países neutros, como é o caso da Finlândia, que partilha 1300 quilómetros de fronteira com a Rússia: “É importante que na próxima legislatura não se exclua a possibilidade de pedir a adesão à NATO. Tal como o actual governo excluiu essa possibilidade, é importante, do ponto de vista da segurança e da política, que o próximo governo deixe a opção em aberto”, disse o primeiro-ministro finlandês Alexander Stubb.
No início de Fevereiro, a NATO decidiu reforçar o flanco oriental, ao criar uma força de intervenção rápida com 5000 efectivos e seis postos de comando na Europa de leste. No Mar Negro, face à Crimeia anexada por Putin há um ano, a NATO faz vários exercícios, também como resposta à actividade militar russa na região. (Euronews)
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