30 de abril de 2015

Segurança reforçada com a Marinha Portuguesa e a Atlânticoline

Desde 2004 que havia cooperação entre o Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada e a empresa de transportes marítimos Atlânticoline para assistência às pessoas em perigo no mar.

Mas quarta-feira, a cooperação foi reforçada face a normas e procedimentos internacionalmente instituídos, ao abrigo de um novo protocolo de cooperação assinado entre o comandante da Zona Marítima dos Açores, contra-almirante Coelho Cândido e o presidente do Conselho de Administração da Atlânticoline, João Ponte, e que teve lugar a bordo da Corveta Jacinto Cândido, atracada no porto de Ponta Delgada.

Segundo Coelho Cândido, a cooperação formalizada vai permitir uma “maior eficácia na acção” entre o Centro de Busca e Salvamento e os navios de passageiros da Atlânticoline que navegam inter ilhas, ficando definidos “contactos, procedimentos e obrigações de ambas as partes”, visando promover a segurança na navegação.

A eficácia da utilização dos meios de salvamento e operações de coordenação é ainda justificada por Coelho Cândido pelo “conhecimento das rotas utilizadas pelos navios (da Atlânticoline), dos seus horários e pela quantidade de passageiros transportados”.

“Se conhecermos a posição do navio acidentado com maior celeridade, as capacidades do navio e o número de passageiros embarcados é muito mais eficaz a acção de busca e salvamento”, precisou o contra-almirante.

O presidente do Conselho de Administração da Atlânticoline considerou o protocolo como sendo um “instrumento extremamente importante para regular a cooperação” entre ambas as partes, pretendendo promover a segurança. E esta, para João Ponte, é um dos “maiores valores” que a Atlânticoline tem, para que todos os passageiros que utilizam os navios “se sintam seguros”.

“Este plano que foi hoje (ontem) assinado é só uma das peças do vasto trabalho que é feito para garantir a segurança dos navios, não só do ponto de vista dos passageiros, mas também de todos os equipamentos e instrumentos de toda a operação”, precisou.

João Ponte considerou que o plano está vocacionado para situações de emergência, daí a sua relevância, acrescentando que a Atlânticoline disponibiliza os seus meios para situações de emergência que ocorram na zona marítima.

O plano de cooperação no âmbito de busca e salvamento marítimo decorre da regra V/7.3 da Convenção SOLAS (Safety of Life at Sea) e que estabelece a obrigatoriedade de ser definido, por todos os navios de passageiros que preencham os requisitos do Capítulo 1 da Convenção SOLAS, um plano de cooperação com os Serviços de Busca e Salvamento marítimo da área onde operam, para a eventualidade de ocorrer uma emergência e que deverá ser desenvolvido em conjunto pela empresa de navegação e o serviço de busca e salvamento. (AO)

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