No quadro dos compromissos internacionais, Portugal assumiu no passado dia 08 de Junho de 2015, o Comando da Força de Reacção Imediata da NATO, Standing NATO Maritime Group One (SNMG1).
A cerimónia militar, realizada a bordo do Navio-almirante NRP D. Francisco de Almeida, marcou o início do Comando Português desta Força NATO que é Comandada pelo Contra-almirante Alberto Manuel Silvestre Correia até final de Dezembro de 2015.
A SNMG1 é uma das quatro Forças de Reacção Imediata da NATO que garante a manutenção de uma capacidade marítima permanente, para ser empregue em qualquer tipo de cenário onde exista necessidade de intervenção militar com meios navais. As "Standing Naval Forces" são forças multinacionais, que integram navios dos vários países Aliados. Estes navios e os seus helicópteros estão permanentemente disponíveis para a NATO executar diferentes tarefas, que vão desde participar em exercícios navais, à intervenção em cenários de elevada intensidade.
Durante o período de Comando do Contra-almirante Silvestre Correia, está previsto que a SNMG1 participe na operação contra o terrorismo "ACTIVE ENDEAVOUR", no mar Mediterrâneo, em manobras com navios das Marinhas Aliadas do Mar Negro e Báltico e ainda, em vários exercícios de grande envergadura, salientando-se o "TRIDENT JUNCTURE 15", exercício de elevada visibilidade que tem por objectivo treinar e certificar as forças atribuídas à Força de Reacção Imediata da NATO.
Este planeamento de actividades está em linha com as Medidas de Tranquilização estabelecidas pela NATO na Cimeira de Gales, na sequência do desenvolvimento dos acontecimentos na Ucrânia. A intensa actividade operacional prevista tem por finalidade dotar a NATO de uma capacidade de resposta pronta, eficaz, flexível e gradual permitindo adaptar as respostas às ameaças existentes e emergentes.
Após um período de treino no mar, com o apoio da Marinha e Força Aérea portuguesas, a SNMG1 iniciou a sua actividade operacional através da participação no exercício CONTEX/PHIBEX 15, com o objectivo de treinar a componente naval da Força de Reacção Imediata portuguesa. Complementarmente, este exercício contribuirá de forma significativa, para a preparação das forças navais, anfíbias e aéreas, na manutenção de elevados padrões de prontidão e interoperabilidade, bem como para a coesão de todas as forças e comandos envolvidos.
Após a conclusão deste exercício, a SNMG1 irá deixar águas nacionais e rumará em direcção ao Mar Negro. (Emgfa)
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