"A execução está a cumprir o acordo tal como estava previsto e os compromissos planeados estão a ser satisfeitos, o que significa que está num excelente ritmo de execução", afirmou José Pedro Aguiar-Branco, numa conferência de imprensa com o seu homólogo romeno, após uma reunião bilateral e a visita à base aérea n.º5, em Monte Real, onde estão os "caças" F-16.
Em Outubro de 2013, Portugal assinou um contrato para a venda de 12 aeronaves F-16 à Força Aérea romena, num encaixe directo de 78 milhões de euros.
O governante explicou que "a modificação dos F-16 para a Roménia está a cumprir os calendários", prevendo-se que este país "tenha esta capacidade operacional inicial a partir de 2017, tal como previsto no planeamento".
"Os programas de formação e treino dos militares romenos, designadamente dos nove pilotos e de pessoal de manutenção e apoio às operações -- 75 mecânicos, incluindo engenheiros e quatro técnicos de planeamento - estão a ser devidamente cumpridos com sucesso", salientou o ministro.
Também o ministro da Defesa da Roménia, Mircea Dusa, que hoje terminou uma visita oficial de dois dias a Portugal, sublinhou o sucesso do programa.
"Tenho a dizer que o programa de fornecimento dos F-16 está a decorrer da melhor forma", adiantando que nas várias etapas, de que exemplificou a aquisição ou formação, regista-se um "progresso satisfatório".
O governante romeno referiu que o país "está à espera das primeiras quatro aeronaves em 2016", num programa para finalizar no ano seguinte, observando que, nesta fase, "uma grande parte já está modernizada adequadamente".
Questionado sobre o interesse da Roménia em comprar mais aeronaves F-16, Mircea Dusa disse que ainda se está "numa fase bastante inicial e em contactos com parceiros".
"Estamos a documentar-nos sobre este assunto e uma decisão final sobre a compra de uma segunda esquadra de F-16 vai ser tomada em breve", declarou, insistindo que os contactos estão a ser feitos "com todos os parceiros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte, OTAN na sigla em inglês)" e, só quando houver várias análises sobre o assunto, o governo romeno tomará uma decisão.
O ministro romeno salientou, contudo, que a deslocação a Portugal "nada tem a ver com a aquisição de novos F-16, mas com a cooperação entre os dois países".
Sobre esta situação, o ministro português declarou que "a questão foi abordada ainda numa dimensão embrionária".
"Estamos numa reflexão inicial que resulta, sobretudo, daquilo que tem sido, também, a boa execução deste programa que reforça os laços de confiança", afirmou o ministro português, notando que esta realidade permite que se avalie essa hipótese, mas que "ainda está no campo da avaliação embrionária". (Lusa)
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