16 de dezembro de 2015

Ministro da Defesa Nacional quer operacionalizar sistema de gestão de crises

O ministro da Defesa disse esta quarta-feira que o terrorismo exige a operacionalização de "um efectivo sistema nacional de gestão de crises", o que passa por "aprofundar a cooperação entre as Forças Armadas e as forças e serviços de segurança".

Isso passa pelo "desenvolvimento de um quadro de coordenação e actuação externa e interna" devido ao "carácter único" dessa ameaça, que acentua o "desafio de uma nova articulação entre segurança e defesa" face ao terrorismo e que isso "impõe a maximização das capacidades civis e militares existentes", sublinhou o governante.

Azeredo Lopes intervinha na abertura solene do ano lectivo do Instituto de Defesa Nacional (IDN), onde sublinhou que o seu mandato "será baseado em orientações concretas e em decisões" para as quais considera "determinante o envolvimento dos chefes militares".

Note-se que a articulação e cooperação entre as Forças Armadas e as forças e serviços de segurança está prevista na lei há anos, mas não avança porque anteriores chefes militares - e o actual comandante da Marinha, almirante Macieira Fragoso - entendiam que a autoridade lhes cabe nesses casos e sem estar declarado o estado de sítio.

"A Defesa Nacional não é responsabilidade exclusiva das Forças Armadas", frisou Azeredo Lopes, acrescentando que elas "constituem o seu pilar essencial".

Importa saber "em que se traduz" a "necessidade de modernização" das Forças Armadas, assim como "os passos e as etapas propostos" para a sua concretização "em que tempo e com que meios", questionou o ministro.

Azeredo Lopes defendeu também que "importa trazer estabilidade às Forças Armadas para implementar a sua organização e dispositivo".

Embora dizendo que discorda de algumas das medidas aprovadas pelo anterior governo, no âmbito da chamada "reforma 2020", o ministro da Defesa deixou a garantia de "não padecer da doença que consiste em modificar por modificar".

Apoio social e assistência na doença dos militares, concretizar o processo de instalação e implementação do hospital das Forças Armadas, alinhar a formação do ensino militar com o sistema nacional de qualificações e estimular a indústria de defesa nacional foram prioridades elencadas pelo novo ministro da Defesa. (DN)

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