10 de fevereiro de 2016

Estudo internacional aponta que superioridade de armamento do Ocidente diminuiu

A superioridade tecnológica ocidental em termos de armamento está a diminuir, especialmente em relação à China e à Rússia, afirma o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) no seu relatório anual, divulgado esta semana.

Segundo o IISS, actualmente sobressaem duas tendências em termos de armamento. "A primeira é a proliferação de novas tecnologias entre uma série de países e actores não estatais, que reduz as diferenças na capacidade de armamento em todo o mundo", afirmou à AFP John Chipman, director do IISS.

Entre estas novas tecnologias, figuram os aviões não tripulados e as ciber armas, que podem desestabilizar um país com ataques informáticos virais. "Nas últimas décadas, os países ocidentais eram os campeões das novas tecnologias, com uma clara vantagem sobre outros Estados e actores não estatais e, hoje em dia, este avanço tecnológico está a diminuir".

A segunda tendência é a decisão da Rússia e da China em investir nessas tecnologias para "modernizar as suas forças armadas, o que desafia o actual equilíbrio de forças na Europa e desenha o futuro equilíbrio na Ásia".

Segundo Chipman, os Estados Unidos "respondem à percepção de que a Rússia representa uma ameaça crescente, principalmente nos países bálticos e na Europa do Leste, e fortalecem a sua presença na região".

Já no Médio Oriente, com a retirada das sanções contra o Irão, graças ao acordo nuclear, Teerão terá a oportunidade de modernizar o seu armamento, que na sua maioria, data dos anos 1970. Isso também poderá levar a uma mudança de equilíbrio na zona, algo a que as monarquias do Golfo responderiam com um reforço de cooperação.

Na América Latina, o IISS destaca que a defesa centra-se em combater o crime organizado e os traficantes de drogas. (Sapo)

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